Capítulo 55

358 42 3
                                    

- Olá, desculpa atrapalhar a pequena
discussão de vocês. Mas é que eu acabei de
ter mais um motivo para necessitar da
permanência do bebê aqui. Parece que
estamos falando de mais um intersexual,
porem precisamos de mais provas para
afirmar, mas vocês podem ta segurando
uma menininha.

- E eis ai o que eu precisava, para provar pra você
Gizelly que esse doutor Renato mente para nós.
O meu filho é um menino, e eu posso provar, até
porque é uma coisa bem simples né? Eu já fiz esse
exame.

- Como? Como disse é... precisamos de mais
exames para comprovar.

- Não precisa não, e você sabe disso. Agora eu
quero saber o que você pretendia fazer com o meu
filho?

-O que... não estou entendendo. Quando você fez
esse exame Rafaella? E por que não me falou?

- Por que desde o início eu falei para você que
alguma coisa estava errado e você duvidou de mim,
gastei uma fortuna com o exame ainda quando
estava grávida, mas não me importo, só quero o
bem estar do meu filho.

-Vamos nos acalmar, entrem aqui para
podermos conversar melhor.

- Eu não vou entrar em lugar nenhum, não tenho
mais nada para conversar. Quero a quebra desse
contrato, quero a multa e quero que mantenha distancia de mim e do meu filho.

- Se vocês estão pedindo a quebra do
contrato quem deve pagar a multa são
vocês.

- Claro, pode descontar sobre o valor que iremos
ganhar depois que processarmos você e toda a sua
equipe.

- Não fizemos nada de errado.

- Fez sim e eu posso provar, tenho todas as provas
de suas mentiras Renato. Sei que esse estudo já
acabou e quero saber o motivo da nossa
permanência aqui, mas lá no tribunal junto com o
meu advogado.

- Acho bom ter uma boa explicação para tudo isso
Renato.

- Ééé.. eu posso explicar, calma!

- Eu explico Renato.

- E quem é você?

- Marcia Bicalho, muito prazer.

Ela é idêntica a Gizelly, se fosse alguns anos
mais nova eu diria que estávamos diante de sua
irmã gêmea. ELA DEVE SER A.

- Sou a sua mãe, desculpa revelar isso
assim para você e desculpa criar toda essa
situação tão desconfortável.

*****



GIZELLY

- Você é o que?

- A sua mãe - Falou chegando próximo a mim

Não tive reação alguma a não ser começar a
chorar, lágrimas grossas escorriam pelo meu
rosto. Eu sonhei a minha vida inteira com o dia
em que os meus pais voltariam para me buscar,
sempre pensei que teria uma boa reação, que
abraçaria bem forte e diria coisas como "eu te
amo".

Mas a única coisa que sinto é revolta, por que
esperar todo esse tempo para voltar? Por que me
deixaram para enfrentar o mundo sozinha? Tudo
que eu quero é ir para casa e poder chorar até
essa dor passar.

- Vamos amor para casa.

- Me deixe te explicar o que aconteceu, por
favor.

- Não quero ouvir nada que venha de você,
continue fazendo o mesmo que fez todos esses
anos.

- Eu não tive culpa, acredita em mim - falou
chorando e tentando segurar o meu braço

- Não toque em mim. Renato eu quero o valor da
multa em minha conta ese você não quiser responder a um processo, não me procure mais e
mantenha distancia do meu filho e da minha
mulher.

Saímos daquele lugar sem olhar para trás, a
Rafaella me acompanhou completamente muda
por todo o caminho. Eu estou desolada, uma dor
muito forte e muito real está dominando o meu
peito, eu só preciso ficar quieta no meu canto.
E como sempre, a vida parece não se alegrar com
a minha felicidade. Estou muito feliz com a
chegada do meu filho, mas alguma coisa tinha que
acontecer para me colocar para baixo.

A Colega de Quarto - G!P (ADAPTAÇÃO GIRAFA) Onde histórias criam vida. Descubra agora