Marília se viu livre de mais um dia cansativo de trabalho, ela gostava de ver como a editora crescia mais a cada dia, mas isso também era cansativo e exigia trabalho dobrado da loira. Apesar de não ter amigos no ambiente de trabalho, Marília se relacionava bem com suas duas únicas amigas fora dali, Lauana e Maraisa foram as primeiras a apoiarem a loira assim que ela chegou em NY, o casal a ajudou em muitos momentos e estão ao seu lado até hoje.
- Gustavo fecha tudo e avise Maiara para não estragar tudo no almoço com a minha futura autora.
- Sim senhora. - Gustavo respondeu em um tom firme mas logo revirou os olhos arrancando uma risada baixa de Marcela.
- Víbora, eu não sei como a Maiara aguenta tanto tempo perto dessa mulher. - Marcela bufou terminando de arrumar sua bolsa.
- Eu ainda tenho esperança que essa mulher tem um coração. - Gustavo apagou algumas luzes começando a fechar a editora.
[...]
Marília estacionou o carro em frente ao local onde tinha combinado de encontrar suas amigas, desceu ajeitando seu vestido e sua bolsa em um dos braços, logo pode avista-las em uma mesa afastada e se aproximou cumprimentando as mesmas, a música ecoava baixa o que deixava o ambiente muito confortável.
- Sua roupa está linda, mas a sua cara Marília, não está nadinha. - Lauana disse sorrindo para a amiga com o seu humor invejável.
- Amor, não brinque antes de saber qual é o humor dela no momento. - Maraisa abriu um sorriso provocante o que fez Marília bufar.
- Já não basta os meus funcionários me odiarem, agora vocês com isso? Eu preciso de uma bebida. - Marília chamou a atenção de um garçom e logo pediu algumas doses de tequila, ainda era segunda-feira o que não importava nada para a loira, já que seu dia tinha sido puxado e ela precisava daquilo.
Suas amigas a acompanharam já que também trabalhavam para sí, e não precisariam acordar cedo no outro dia.
- Você precisa tratar melhor eles Lila, não precisa ser com eles como seu pai era com você.- Maraisa colocou a mão sobre a da amiga afim de reconforta-la.
- Foi através desse jeito dele que eu me tornei quem sou hoje, construi uma editora de respeito, e eles já me chamam de víbora, não tem como piorar. - Marília acabou sorrindo e consequentemente suas amigas também, ela parecia outra pessoa fora da editora, achava que se fosse firme com o seu pessoal, eles dariam o melhor de si e cresceriam assim como ela.
Antes de se mudar para Nova York, Marília trabalhava para seu pai em uma editora pequena do Brasil, mas ele insistia em controlar a sua vida, o que a fez ir embora e começar um império do zero. Maraisa e Lauana sabiam de exatamente tudo da vida da loira, elas se conheceram em um bar quando Marília ainda não era nada, acompanharam todo seu processo de evolução e crescimento, sendo assim a loira não confiava em mais ninguém a não ser nas duas.
- Acho que esse mal humor é falta de sexo. - Lauana disse um pouco alterada pelo fato de já terem bebido quase uma garrafa de tequila.
- Olha nós, somos sempre felizes porque transamos muito. - Maraisa beijou o canto da boca da esposa enquanto Marília revirava os olhos.
- Vocês são casadas, não podem comparar a minha vida sexual com a de vocês, e fiquem sabendo que eu transo com quem eu quiser, quando eu quiser. - A loira disse aquilo em um tom mais alto tentando convencer até a si mesma da mentira que contava, a verdade é que depois do fim do seu último relacionamento fracassado, ela não pensava mais em se relacionar tão cedo.
[...]
Marília estava jogada em sua cama enorme se recusando a atender seu celular que tocava sem parar, ela podia jurar que ainda estava cedo por mais que estivesse confusa por conta da ressaca, à noite com as amigas tinha sido ótima o que a fez esquecer completamente do trabalho.
A loira pegou o celular depois de muito tempo relutando, vendo o nome de sua assistente na tela e logo atendeu bufando.
- Maiara eu espero que você tenho um ótimo motivo para estar me ligando de madrugada quando eu te disse que não iria ao trabalho. - Marília disse um tanto rude pelo mal humor.
Maiara bufou do outro lado da ligação mas com certa distância para que Marília não pudesse ouvir, os pensamentos de como matar sua chefe eram constantes na mente da ruiva.
- Já são onze da manhã senhorita Mendonça, e aquele homem, Murilo está aqui com um oficial de justiça e disse que não sairá até você chegar. - Maiara disse rápido tentando não incomodar mais a sua chefe.
- Eu vou acabar logo com isso, diga a esse audacioso que espere na minha sala. - A loira terminou a ligação antes mesmo de Maiara responder, tratou logo de ir tomar um banho para afastar a ressaca que pairava em seu corpo.
Marília entrou na editora batendo seus saltos e com o humor pior do que todos os outros dias, ela detestava ser acordada e aquele homem já tinha tirado todo o resto da sua paciência, a loira passou por todos como uma bala e entrou em sua sala vendo os dois homens e Maiara, se sentou atrás da grande mesa de vidro encarando os mesmos.
- Bom se me dão licença eu vou indo. - Maiara saiu da sala o mais rápido que pode, ela estava nervosa por ter que almoçar com uma autora importante, e aguentar o mal humor de Marília não iria ajudá-la.
- Estou aqui senhor Murilo, pode começar. - Marília forçou um sorriso entrelaçando as mãos sobre a mesa.
- Pude ver que o tempo da senhorita é valioso então vamos direto ao ponto, eu sou agente de imigração dos Estados Unidos, e fui informado que o seu visto de trabalho foi violado, então como a senhorita não tem um cônjuge ou parentescos, devo lhe informar que você tem um mês para voltar ao Brasil ou será deportada.- Marília nesse momento estava boquiaberta com aquele tanto de informação, como assim isso era possível? Como ela não prestou atenção nisso antes?
- Isso não é possível, deve ter algo errado.- A loira desfez sua expressão de raiva dando lugar a confusão.
— Eu mesmo a ajudarei com a sua volta para o Brasil, nos vemos daqui a uma semana senhorita Mendonça. - O homem se levantou sendo seguido pelo outro, logo saíram da sala o que fez Marília aumentar o seu desespero.
Sua cabeça estava uma confusão, ela perderia tudo o que construiu? Por mais que fosse puxado e muito cansativo, ela amava demais o seu trabalho, mas não teria como se casar, nem uma pessoa fixa ela tinha.
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A Proposta | Adap. Mailila
FanfictionMarília Mendonça é uma poderosa dona de uma editora norte-americana, forte, dura, incisiva, adora criar um clima de terror sobre seus funcionários. Depois de saber que está prestes a ser deportada de volta para o Brasil, por ter violado os termos do...