me apaixonando (+18)

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Confusão rondava a mente de Flávia. Guilherme saiu daquele carro com um pequeno sorriso extremamente tentador, e Deus, nem parece que ela acabou de ter um momento legal com Gabriel.

— O que o Doutor das Galáxias faz pela Tijuca? — a dançarina pergunta, tentando não perder sua pose. Guilherme sorri mais uma vez e se escora num poste próximo a ela. Flávia de repente não confia em si mesma para estar tão próxima a ele e se escora no carro do cirurgião. 

— Eu… eu tomei uma decisão hoje. — a morena franze seu rosto com a fala do médico. Gui respira fundo. — Vou sair de casa enquanto não assino os papéis do divórcio. — Flávia assente levemente, ainda não entendendo onde ele queria chegar. O cirurgião dá uma risada sem graça. — Eu não tenho ninguém que realmente ache que esse divórcio é uma boa ideia, além da minha mãe. Você uma vez disse que meu casamento já tinha acabado há muito tempo e que eu era o único que não via isso. Hoje eu pude ver claramente. Dezessete anos que não significaram nada, não me fizeram feliz. A única coisa realmente boa desse casamento é meu filho. 

— Não acho que isso seja verdade, Guilherme. — o Bragança fica confuso com a fala da dançarina. Flávia sorri de forma reconfortante para ele. — Realmente, durou muito mais do que tinha que durar, mas agora você pode viver o que pode ser seu último ano de vida, sem amarras. Sei lá, você pode ir pro Caribe e passar o resto dos seus dias lá. — a morena sugere com um sorriso sonhador. Ela gostaria de estar no Caribe com Guilherme.

— Tenho que ficar, Flávia. Senão eu não vou ter ninguém para dar calotes em restaurantes comigo. — a Santana ri com o jeito que o médico fala. Guilherme coloca as mãos nos bolsos de sua calça. — E eu também acho que você tem razão: temos que nos ajudar. 

— Você ajudaria até o Neném? — Guilherme respira fundo. 

— Eu meio que ajudei ele hoje, então acho que é o suficiente por uns cinco meses. — Flávia assente. A morena encara o chão. Guilherme ainda não tinha falado o motivo de estar ali. — Provavelmente quer saber o que vim fazer aqui, né? — a pergunta do mais alto assusta a Santana. Ela tinha deixado tão óbvio assim? Ou Guilherme simplesmente conhecia ela demais? — Eu também não sei, Flávia. Eu simplesmente entrei no meu carro com fúria e vim parar aqui. Acho que a verdade é que eu, às vezes, penso em você… — a dançarina perde seu ar ao ouvir aquelas palavras saindo da boca do médico. Gui dá um pequeno sorriso quase envergonhado. — muitas vezes. — o Bragança então a encara, procurando qualquer tipo de resposta nos olhos dela. Flávia não consegue evitar corresponder a intensidade do olhar de Guilherme.

O cirurgião dá um passo para ficar mais próximo de Flávia. Quando não vê nenhum tipo de rejeição, dá outro passo. A essa altura ele já conseguia sentir a respiração dela próxima a seu pescoço. Guilherme aproxima mais seu rosto dela, e deixa um longo beijo na testa da Santana. Flávia deixa o ar que estava prendendo sair. Aquilo era demais. Guilherme ali, daquele jeito, era demais. Ele tinha que rejeitá-la agora, senão a morena não seria capaz de se controlar. 

O Bragança não faz nada disso, e somente encaixa o rosto de Flávia em seu pescoço. Guilherme agora podia cheirar o adocicado do cabelo da dançarina. O cheiro o hipnotizava. A Santana agora também podia sentir a fragrância cara e amadeirada de Guilherme junto com a pequena camada de suor na pele dele, e Deus, aquilo era o inferno e o paraíso de Flávia.

A morena não consegue se controlar e deixa um beijo longo no pescoço do cirurgião. Gui se afasta o suficiente para que Flávia fique na ponta dos pés e dê um selinho nele. O Bragança a segura pela cintura e a impulsiona para cima. Guilherme ataca os lábios de Flávia com um beijo cheio de saudades. O moreno não tinha ideia que sentia tanta falta assim dos beijos da Santana. 

VIRAHA┃qmvm one-shotsOnde histórias criam vida. Descubra agora