esse capítulo ficou bem maior do que eu esperava. enfim, eu aproveitem, escrevi com muita dor no peito.
não esqueçam de votar e comentar, me ajuda muito.
dois meses depois.
As palavras de Joana ecoam na mente do Bragança. Ainda não fazia sentido para ele, mas mesmo assim ele pisava no acelerador e ignorava os sinais, indo em direção a clínica.
Ela está aqui, Guilherme, com um sangramento forte. Temos que fazer o parto o mais rápido possível. Foram as exatas palavras da companheira de trabalho do médico.
Ele não podia perdê-las. Nem Flávia, nem sua pequena garotinha.
O ato de deixar o carro no meio da rua e descer desesperado não condiz com Guilherme, mas ele perdia todo o controle quando se tratava dela. O moreno entra desesperado na clínica. Regina, sua secretária, faz uma rápida ligação. Então uma enfermeira, que Guilherme não iria fazer esforço para lembrar o nome agora, o guia para a sala de Joana.
— Guilherme. — a voz da mulher é calma, mas o que o Bragança menos precisa nesse momento é de calma. Ele não iria perder Flávia. De jeito nenhum.
— Como elas estão, Joana? — o moreno exige saber. O tom dele está alterado, o que assusta a outra médica ali presente. Em outra situação, ele teria se desculpado, mas era do seu vício que eles estavam falando.
— A menina está bem, mas Flávia ainda está em cirurgia. Houve uma embolia por líquido amniótico e ainda não conseguiram estabilizá-la. — Joana explica com cuidado. Guilherme deixa que as lágrimas que ele segurava desçam.
— Eu vou entrar lá. — o Bragança se vira e começa a andar em direção a porta, mas é puxado por Joana, que o encarava de um jeito suplicante. Ele sabia que não podia entrar no estado em que estava. Nem era a especialidade dele. Mas era Flávia, e ela sim era dele. Ele tinha que estar lá com ela.
— Guilherme, use a cabeça por favor. O que você pode fazer lá além de atrapalhar? Temos pessoas competentes cuidando dela. Ela vai ficar bem. — o moreno nega e tenta se soltar, mas Joana era forte.
— Você não entende, Joana! Eu não posso perder a Flávia! EU NÃO POSSO! — o grito dele assusta a morena, que dá um pulo pra trás, mas não o solta. Joana pega um copo d'água que ela tinha separado para ele.
— Beba pelo menos uma água antes de ir. — ela oferece. Guilherme não está em condições de pensar no que poderia ter naquele copo e o vira de uma vez, bebendo tanto a água, como o calmante que Joana colocou nela.
Leva alguns segundos para Guilherme cair duro no chão. Mas no momento em que o corpo do Bragança caiu no chão, um som nada agradável foi ouvido na sala de cirurgia. Os batimentos dela não existiam mais, e por alguns segundos, os de Guilherme também não.
[...]
Quando seus olhos se abrem, Guilherme está num quarto. Olhando ao redor, ainda com a visão meio embaçada, ele reconhece o seu quarto com Flávia na nova mansão. O moreno se senta na cama, a procurando. Ela está em pé do lado de um berço. O Bragança não evita sorrir com essa cena.
— Ela realmente tem meu nariz. — a voz doce da Santana chega aos ouvidos do médico, que sorri e se levanta. Ele abraça a ex-dançarina por trás, deixando beijos no pescoço dela. — Eu não posso ficar, Gui. — o cenho do moreno franze. O que ela queria dizer? Flávia se vira, ficando de frente para Guilherme. Ela possuía algo diferente no olhar, e o médico não gostava disso. Não eram aqueles mesmos olhos que viciaram Guilherme. — Eu te amo, e amo muito nossa menina, mas tenho que ir. — o Bragança fica cada vez mais confuso. Flávia dá um pequeno sorriso pra ele. — Não aja como se não soubesse o que está acontecendo, Guilherme. Eu me fui. — o moreno nega veementemente. Ela não poderia ter ido, nem agora nem nunca. Ele não saberia viver sem ela. O que ele faria sem ela? Como seria um bom pai sem ela? Não, era impossível. A morena se aproxima dele e o abraça. Ela era pequena, então sua cabeça ficava colada no peito do cirurgião. Era uma cena meio cômica, mas se você se lembra de como essa história começou, sabe que não é bem assim. — Eu te amo muito, Guilherme. — a voz dela ecoa no peito dele. A ação de beijar o topo da cabeça dela é automática. O corpo de Flávia começa a reluzir contra o dele, e a única reação que o médico tem é de apertá-la contra ele.
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VIRAHA┃qmvm one-shots
Fanficviraha; a consciência de amar somente no momento de separação