provavelmente terá um segunda e terceira parte galera, ainda tem muito para contar e coisas pra acontecer.
vocês provavelmente vão chorar com o final. é só se atentarem ao título pra imaginar como vai acabar.
enfim, boa leitura.
Era um vício, Guilherme tinha que admitir. Estar com ela não passava de um vício o qual o médico adorava. Se ele fosse analisar melhor, era mais do que um vício, mas o Bragança não tinha tempo para analisar sua relação com a dançarina. Tinha seu casamento em crise, seu filho se metendo em problemas e outros fatores que tornava impossível que Guilherme se aprofundasse mais na sua relação com Flávia.
Outra coisa que o cirurgião sabia era que é errado. Era adultério, traição. Estar com Rose e com Flávia ao mesmo tempo não era certo, mas como foi dito, é um vício. Não é fácil largar, e o médico tentou muitas vezes. Todas essas tentativas acabaram com os dois na cama do seu apartamento no Leblon e com sua aliança de casamento guardada no porta luvas do seu Volvo.
— Tô com fome, Gui. — a dançarina reclama. A cabeça de Flávia está em seu peito desnudo, o que fez com que a voz da morena ecoasse dentro dele. O médico faz um carinho suave nos cabelos negros da Santana.
— Posso pedir um sushi, ou pizza. Você escolhe. — eles não poderiam ir para um restaurante, então todas as refeições dos dois tinham que ser assim, às escondidas. A Santana sorri contra o peito do amado.
— Eu tô com vontade de um açaí. Mas uma barca de sushi cairia bem agora. — ela revela. Gui leva seu olhar para ela. Linda, com um sorriso mais lindo ainda. Tudo nela era encantador, talvez por isso Guilherme estivesse viciado nela. A morena deixa um selinho nos lábios do médico e se levanta. Ela estava apenas com uma das camisas do Bragança, e Deus, ela estava mais linda ainda.
O médico se amaldiçoou por não poder dar a ela o que ela quer e então pega seu celular. É quase automático o ato de ligar para a açaiteria e para o melhor restaurante de sushi do Rio. Era a única coisa que ele poderia dar para ela naquele momento, então era melhor ele dar o seu melhor.
Alguns minutos depois chega o açaí e a barca de sushi. A morena tem um sorriso gigante no seu rosto assim que prova a primeira colher da sobremesa brasileira.
— Você vai dormir aqui hoje? — ela pergunta enquanto saboreia a comida na frente dela. Ela sempre perguntava e a resposta sempre era a mesma.
— Tenho cirurgias amanhã, então acho melhor ir pra casa. — ela sempre ficava do mesmo jeito após a resposta dele. Guilherme então respira fundo. Ele tinha que escolher entre seu vício e sua família que estava destroçada. Para as pessoas de fora era uma escolha fácil, mas não era tão simples assim. Flávia não era simplesmente um vício. Ela também era a melhor coisa que aconteceu na vida do cirurgião no último ano. — Mas talvez eu possa passar essa noite aqui. E quem sabe o dia. — uma esperança aparece nos olhos escuros da Santana. Gui sorri e a abraça por trás. — O Doutor das Galáxias merece uma folga, né? — o uso do apelido criado pela Santana deixa um clima muito bom entre os dois. O médico então deixa um beijo no ombro da dançarina, que sorri boba com o gesto do amado.
[...]
Após uma tarde inteira com Flávia, Guilherme teve que voltar para casa. Se já era difícil explicar para Rose o motivo dele chegar tão tarde, imagine o motivo dele passar quase dois dias fora de casa.
Entrando em seu quarto, lá está Rose, sentada na cama deles com um olhar sério. O cirurgião então sente que terá uma conversa pra lá de desconfortável. Ele só espera que ela não tenha descoberto sobre Flávia.
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VIRAHA┃qmvm one-shots
أدب الهواةviraha; a consciência de amar somente no momento de separação