CAPÍTULO 6

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- por que estamos aqui mesmo? - ouço o senhor agente perguntar no meu ouvido.

- porque eu vou trabalhar na quarta, e vocês estão com a minha bebê. - respondo apenas.

Estamos agora no shopping, comprar as câmeras e os cartões de memória. Já que todos os que eu tinha estavam em posse do FBI.

Até agora não entendi direito porque o FBI está no caso. Pelo que eu soube eles eram pessoas normais.

Será que é algum serial killer ?

Não, se fosse já teria visto na TV ou na internet. A imprensa adora essas coisas.

Ou não?

- quem matou a Lilian era um serial killer? - resolvo tirar essa dúvida da minha cabeça.

- o que ? Não. - responde meio surpreso mas convicto. - por que pensou isso ?

- é que vocês não me falam nada, só estou deduzindo. - falo dando de ombros e olhando a câmera em minhas mãos.

- É uma operação confidencial Jasmin, não posso compartilhar detalhes com você. - diz e sinto uma pontada de pesar em suas palavras.

- Não pedi para me contar quem são os suspeitos ou de quem são as digitais na cena do crime. Só quero saber o básico. - digo indo até o caixa

- Você quer realmente saber ? - questiona com seriedade.

- sim. - respondo

- Quando você encontrou o corpo. O assassino ainda estava no quarto.

FUDEU!

AGORA SIM EU POSSO AFIRMAR EU SOU A PORRA DE UM SINALIZADOR DE PROBLEMAS!

Anotem.

Eu nunca mais vou me prontificar a ajudar ninguém.

Nunca mais.

Se eu sobreviver né.

Parecendo ler meus pensamentos o Grandão fala

- Não fique preocupada, iremos proteger você. Eu irei. - diz com firmeza me olhando nos olhos.

Decido não falar mais sobre isso.

Assim que saímos da loja, vamos a um restaurante almoçar. Enquanto comemos o Peter me conta que serviu no Iraque. Não fico muito surpresa, homens do tipo deles geralmente tem o mesmo histórico.

Quando saímos do restaurante vamos para seu carro, antes de da partida ouvimos um cantar de pneus e o que aconteceu a seguir foi muito rápido.

Tiros

Nosso carro é bombardeado de tiros. Peter se joga em cima de mim na tentativa falha de me proteger.

Mas assim que ele avança sinto um queimar em meu ombro, uma ardência. Uma dor tão forte que faço a única coisa que me resta

Grito

- SAI DE CIMA DE MIM PORRAA! - grito batendo com o braço bom no muro de concreto em cima de mim.

- Você se machucou? - ele pergunta com preocupação nos olhos.

- Não, não, só tomei um tiro. Mas fora isso eu tô bem. - falo com sarcasmo.

- porra tá doendo ? - me questiona vindo tentar estancar o sangue.

- O QUE TU ACHA COISA LINDA? - falo com dor. - se você vier com essa mão de elefante para cima de mim, e vou te desfigurar todinho. - rosno para ele que se afasta.

- você tá perdendo sangue. - o idiota diz.

Será que ele pensa que eu sou cega? Não é possível.

De Olho Na SorteOnde histórias criam vida. Descubra agora