CAPÍTULO 10

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Já são quase oito horas e o paspalho do Peter ainda não voltou, já tentei ligar pra ele, mas só dá caixa postal. Tô começando a ficar preocupada.

Assim que pego o celular para ligar de novo vejo a porta ser aberta e Holand entrar.

Estranho

- Scarlett, oi - digo deixando o celular de lado e indo comprimenta-lá.

- Jasmin. - diz me abraçando do jeito q pode. - como está o braço?

- está bem, o remédio tá fazendo efeito. -digo voltando ao sofá.- onde está Peter ?

- Peter ficou no escritório resolvendo uma papelada, já cobri muito ele esses dias. - diz piscando e sentando ao meu lado.

Vejo ela tirar seus sapatos e ir em direção ao quarto que era do Peter.

Será que ele está fugindo de mim ? Não, ele falou que íamos conversar quando ele chegasse.

Aí que raiva.

Não por nada, gosto da Holand, mas já me acostumei com a presença de Peter.

- não se preocupa, amanhã ele estará aqui para tomar café com você. - ela diz como se pudesse ler meus pensamentos.

- como sabia ? - pergunto encostando minha cabeça no sofá.

- tô em dúvida sobre essa sua cara de apaixonada, ou sua cara de decepcionada quando me viu, não sei ainda tô em dúvida. - disse dando de ombros.

- é muita loucura? Tipo a gente mal se conhece. - falo meio exasperada.

- não, não é. - ela diz sentando ao meu lado. - vocês passaram os últimos dias juntos, quase morreram juntos, fizeram compras, bem, não preciso citar tudo o que vocês andam fazendo. - ela me olha -  o que eu quero dizer é que, vocês estão sentido aquele negócio do proibido e conhecendo algo novo. - ela diz e assinto. - então quando isso acabar e vocês não forem mais polícial e testemunha, acho q vocês poderiam tentar.

- ele vai querer será ? - pergunto a fitando.

- deixa eu te contar um segredo. - ela diz se aproximando do meu ouvido. - ele tá gamadão em você. - sussurra.

Dou uma risada e ela me acompanha. Depois desse momento descontraído ela vai tomar um banho e eu vou para o quarto, preciso dormir.

Hoje o dia foi cheio de surpresa, finalmente pegaram o ruivo doido, falei com Kathe. Tivemos uma conversa longa, contei tudo o que aconteceu e ela ficava suspirando e me xingando por não ter contado nada antes.

A mesma falou que eu deveria ir na ação de graças visitar ela, mas no momento tudo o que eu quero e me recuperar e voltar a trabalhar.

Não sei como vou pagar meu aluguel se não trabalhar esse mês, meu braço tá enfaixado e imobilizado. Será que os agentes podem dar um jeito ? Não quero morar na rua.

Deito na cama e me ajeito para dormir, olho para a vista e minha mente boa para Peter. Será que ele comeu ? Onde ele vai dormir ? Ele vai voltar mesmo ?

Aí minha cabeça vai explodir.

Resolvo colocar uma música calmante e tentar dormir.

Acordo sentindo um cheiro maravilhoso de ovos e bacon.

Abro os olhos e vejo uma bandeja com frutas, torradas, suco de amora, ovos, bacon e algumas panquecas.

Quando olho para cima vejo Peter, com roupas comuns e com o cabelo molhado e bagunçado, como de quem acabou de sair do banho.

- bom dia! - digo pegando um morango e comendo.

- bom dia!

- como foi ontem ? - não seguro minha língua e pergunto de uma vez.

- foi tudo ótimo, ainda estamos negociando com Gabriel para obtermos mais informações, mas nada com que deva se preocupar. - diz bebericando seu café.

- então vou poder ir para casa? - pergunto.

- ainda não, vamos esperar mais alguns dias e depois falamos disso. - diz comendo um bacon. - agora eu quero falar de outro assunto.

Olho para ele com expectativa. Será que ele vai quer falar sobre nós ?

- desde quando você conhece a Zoe ? - ele me pergunta me deixando decepcionada.

- a uns três anos, desde que me mudei para New York. - falo evitando o contato visual com ele.

- e vocês sempre foram amigas? Nunca brigaram por nada ?

- quantas perguntas, é algum tipo de interrogatório? - pergunto com certa irritação.

- não, só quero saber mais de você. - diz e meu coração amolece um pouco.

Talvez ele esteja tentando ir com calma. Bem vou jogar o jogo dele, vamos ver onde vai dar.

- respondendo a sua pergunta, não, sempre nos demos bem. - digo dando um sorriso pequeno.

Depois disso ele não perguntou mais nada estranho, falamos sobre as coisas que já aconteceram comigo e fiquei surpresa em saber que ela já sabia sobre o meu " sequestro".

Falamos também sobre minha mãe, vocês acreditam que ela disse para ele que era para ele ter paciência comigo, porque segundo ela eu sou meio tapada. Ela contou da vez em que eu menstruei pela primeira vez e na época eu não sabia e disse " mãe acho que eu fiz cocô nas calças, mas eu não senti fazer "

Quem precisa de inimiga se tem uma mãe igual a minha.

Nessa hora eu me escondi atrás de travesseiro, rezando para não ter que ver mais Peter.

Ficamos conversando por mais ou menos uma  hora, até sermos interrompidos pela Holand que chamou Peter para conversar.

Fiquei no quarto sozinha, e fui tomar banho, quando sai, vesti meu vestido branco com flores vermelhas, ele vai até o joelho, é meio rodado, destaca meu busto e deixa minha cintura fina.

Passo um gloss e deixo o cabelo secar naturalmente, quando saio do quarto encontro apenas Peter na sala, mexendo em algo no celular.

Resolvo não incomodá-lo e pego meus fones e coloco uns vídeos de games para assistir.

Depois de alguns minutos, Peter se aconchega em mim, ele pega um dos fones coloca no ouvido e começa a Assistir comigo, ele não diz nada.

E nem precisa, só de estar assim com ele é bom, gosto de como me sinto, sabe, segura.

Acho que nunca me senti assim antes, sempre esperei o pior acontecer, sempre foi assim, mas agora tudo parece estar mais calmo, sem problemas. Apenas o conforto dos braços do Peter em mim.

Olho para ele que ri, do vídeo que está rolando. É eu acho que pode dar certo.

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Mais um capítulo pra vocês.

Espero que estejam gostando. Seu que estão querendo a continuação do POV do Peter, mas vamos aguardar os próximos capítulos.

Curtem e comentem bastante

Beijooos 🤍

De Olho Na SorteOnde histórias criam vida. Descubra agora