Amor correspondido:: Taegi

capítulo um; prólogo

Capítulo 1;; prologo

O Casamento arranjado era muito comum para as famílias que possuíam boas terras ou entre os nobres, com intuito de aumentar as futuras gerações.

No séc.XXI, ainda havia famílias da classe média alta e da classe alta que faziam casamentos arranjados para dividirem e ganharem mais posses. Ou com o mesmo propósito, gerar novos herdeiros.

Com isso, a família Kim procurou pessoas com o intuito de acharem um parceiro para o filho mais velho. Kim Taehyung, a tal "moeda de troca", ficou louco quando descobriu isso.

Se distanciou de todos, inclusive da família, precisava colocar os pensamentos em ordem. Ele não conseguia suportar essa ideia que foi destinada a uma pessoa que ele nem conhece, achava que essa ideia de relacionamento arranjado já estava ultrapassado. Taehyung sentia ânsia só por tocar no assunto.

Nem o seu irmão conseguia o convencer a isso. O convencer que era  uma boa ideia esse relacionamento. Kim Taeseok dizia  que era pro bem dele, já que Taehyung beirava os 27 anos e talvez não conseguisse se casar depois dos trinta. 

Entretanto, ninguém havia perguntado o que aquele alfa  queria, se ele queria se prender a uma pessoa para o resto da vida.

Kim Taehyung tinha aquela resposta na ponta da língua, nunca passou pela cabeça se casar, mas como era um filho tão obediente, acatou a decisão dos pais. Não iria fazer um inferno na vida da pessoa, porém deixaria claro o quanto incomodado estaria.

Os pais de Taehyung estavam super felizes com a ideia de que o filho  teria alguém para vida toda. Já  o irmão mais novo mostrava uma mistura de sentimentos, mesmo estando feliz por Taehyung, não queria ficar longe do alfa. Amava demais seu irmão e era muito próximo dele.

— Ai meu filho, sua mãe está tão animada com isso! — Kim Donghyun comentou para o filho. Ele também sentia a mesma coisa que a esposa. — Conversei com ela e os pais do seu futuro parceiro, e resolvemos que vocês terão um mês e meio  para se conhecerem e depois daremos início ao casamento.

— Por que o Teté tem que ir morar tão loonge? — Taeseok perguntou, agarrando o braço do irmão.

— Seok, você não tem mais três anos e não precisa dos cuidados, daqui a pouco está aparecendo com alguma namoradinha. Ou namoradinho — Taehyung riu da careta do mais novo — Mama vai ficar louca quando te ver com alguém.

— Eca! Eu nunca vou namorar! — o garoto de quinze anos afirmou para o alfa — Nunca!

— nunca diga nunca, Seok. Eu sempre disse isso e agora estou aqui, me casando com alguém que eu nem conheço direito.

—  Eu não falaria isso, querido — a mãe de Taehyung, Jisoo, disse aparecendo do nada. — Aparentemente seu pai já deve ter te comunicado que você ficará um mês e meio  com esse ômega e caso vocês consigam conviver em harmonia, começaremos os preparativos do casamento logo depois.

— Ok — limitou a dizer — Mas alguma coisa ou eu posso voltar para minha casa?

— Eles virão jantar essa noite, então trate de usar sua melhor roupa!

[...]

— Cara, seus pais são loucos! — Taehyung escutou a amiga dizer e rolou os olhos — pensei que essas coisas não existiam mais. Mas você concordou numa boa?

Depois de chegar em casa, o alfa correu para conversar com Jennie, sua melhor amiga desde a infância. Precisava de conselhos e desabafar.

— Você sabe, não poderia fazer isso com minha mãe e também estou quase chegando aos trinta e nem filho eu tenho.

— graças a Deus, seu tapado! Filhos, mesmo sendo considerados benção, é terrível! E olha que nem mãe eu sou!

— Irmão que se fala, né? Não se esqueça que eu também passei por isso.

— Poxa, logo agora que ia passar teu contato pra um amigo, você aparece comprometido. É muito azar mesmo, viu.

— mas conte-me beta, já voltou da Itália? Ou vai continuar aí mais um ano?

— volto antes mesmo de você ficar com saudades, alfa. Espero que seu coração ainda seja meu.

— Ele é e sempre será, Nini, ninguém ocupará seu lugar — garantiu a morena. 

— teté, vou desligar porque tô morta de sono, outra hora eu te ligo, belê?

— Claro, meu amor, até mais.

— tchau vida. A lua está tão linda hoje.

— As estrelas também.

[...]

Mesmo não transparecendo, Kim Taehyung estava bastante nervoso, suas mãos suavam e a perna tremia.

Já tinha ingerido duas taças de vinho e ambas estavam cheias até a borda.

Os convidados estavam atrasados vinte minutos e Taehyung cogitava a ideia de terminar o jantar, mas antes que pudesse falar algo, a campainha tocou assustando toda família Kim. Enquanto os três se levantavam, Taehyung ficou concentrado na taça de vinho.

Uma funcionária beta abriu a porta e levou a família visitante até a sala.

— Yumi, querida! Quanto tempo! — Jisoo abraçou amiga, como se não a visse há anos, mesmo que o último encontro delas tenha sido pela manhã.

— Jisoo, minha ômega favorita! Você está magnífica! Esse vestido lhe caiu muito bem.

— digo o mesmo para esse macacão, realçou seu corpo. Gostosa — cochichou para a mulher.

Conhecendo a amizade das duas, Donghyun cumprimentou o marido de Yumi.

— Acho que se ambas não tivessem se casado, elas ficariam juntas, não acha Heechan?

— Com certeza, Dong, queria ter uma amizade como a delas.

— Seu filho cresceu tanto, Yumi. A última vez que o vi, ele era um filhotinho — Jisoo se referiu ao filho quieto do ômega —  Ele é calado assim mesmo?

— O Yoon calado? Acho que está confundindo meu filho, aquele garoto fala mais do que duas velhas fofoqueiras!

— Já está me difamando, mãe? — a voz rouca dispersou curiosidade em Taehyung e ao achar de onde veio, arregalou os olhos surpresos.

— Hyung?! O Yoongi é a pessoa que você quer juntar comigo? — Taehyung perguntou olhando para a ômega Kim.

— É sim, conhece ele filho? — Taehyung concordou, mas não voltou a falar.

— Por que não falou que já conhecia o Taehyung, Yoongi? — Yumi bateu no ombro do filho.

— Aish! Você não perguntou, não tinha como eu saber, né.

— Ia nos poupar muita coisa.

— Bom, já que vocês se conhecem, vamos comer — Jisoo sorriu e pediu para a empregada colocar a mesa.

Sentindo o olhar de Yoongi, Taehyung sabia que a noite só estava começando.