0.4 Mateo

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Heyyy, como estão?
Acho que não perguntei ainda essa semana

Enfim, acho que esse é um dos meus preferidos (todos são, mas abafa)

Beijinhos, amo você
Temos mais dois extras sobrando e vou TENTAR terminar semana que vem




Mateo estacionou o carro em frente a casa tão conhecida por ele, e se surpreendeu ao se virar e ver que o namorado já havia saído do carro.

No entanto, o garoto se inclinou na janela, sorrindo.

— Não está esquecendo nada? — Mateo perguntou.

Ele queria seu beijo de despedida.

— Minhas mães não estão em casa, quer subir? — Peter disse, ele não demonstrou nenhuma reação ao perguntar. Mas depois de alguns segundos, ele sorriu.

Mateo sentiu como se o mundo ao seu redor tivesse ficado mais lento. O sorriso de Peter era radiante e era como se o namorado estivesse ainda mais bonito contra a luz do sol.

Ele não gostava disso. Não gostava de ficar sozinho com Peter por muito tempo, porque isso significava...

Beijos. Muitos beijos, sem ninguém por perto.

Os beijos levavam as mãos bobas, mas as mãos bobas... Não levavam a nada.

Porque ele nunca passou dessa parte.

E Peter não parecia querer cruzar essa linha com ele tão cedo.

— E a Megan? — o O'Connell perguntou, as mãos preparadas para desligar o carro.

— A Meg saiu com seu irmão. Não sei onde foram, ou quanto tempo eles vão demorar. Mas... Vamos ter algum tempo a sós. Podemos ver um filme — Peter manteve o sorriso, ainda inclinado na janela do carro.

Mateo também não gostava muito quando Peter dava aquele sorriso. Porque fazia com que seu corpo esquentasse.

Na verdade, tudo o que Peter fazia o excitava tremendamente.

Ele não conseguia controlar.

— Um filme... okay, vamos fazer isso — Mateo se rendeu colocando a mochila no banco de trás, saindo do carro.

Todos tem um momento da vida em que criam consciência. Aquele momento em que você começa a pensar com clareza. Consegue se reconhecer e reconhecer o próximo, consegue sentir vergonha, culpa, raiva.

O momento em que Mateo tomou consciência, foi enquanto brincava com Peter. Ele se lembra do rosto do menino e como ele gostou do que via.

Se lembra de levantar e ir para o lado do garoto e se lembra de sentir um certo desconforto quando viu que seu irmão também estava ali do lado, brincando com Peter da mesma maneira que ele fazia.

No começo, era só um sentimento possessivo. Ele sentia como se Peter fosse seu, só seu. À medida que foi crescendo, Mateo percebeu não era tão possessivo, ele só... Gostava de Peter.

Não como gostava das mães ou dos irmãos.

Ele queria estar com Peter, da mesma forma que as mães estavam juntas. Mateo via as mães apaixonadas, andando de mãos dadas, vivendo juntas, se casando... E ele queria viver o mesmo com Peter.

Ele nunca contou para o menino os seus sentimentos, afinal não queria assusta-lo.

Mas quando tinha doze anos, ele descobriu que podia.

Ele podia viver com Peter todas as coisas que as mães viviam.

Não era errado, não era vergonhoso.

E foi com seus doze anos, que ele decidiu contar para Peter como ele se sentia a respeito dele. Ele não esperava que Peter fosse reagir da forma que reagiu, ele pensou que Peter ia pensar que ele era um psicopata estranho e que ele ia correr.

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