Amelia
1 mês depois:
Depois do meu pequeno surto de um mês atrás, as coisas começaram a melhorar um pouco. Ravi começou a dormir melhor e eu também, apesar de tudo eu ainda me sinto cansada com todos os afazeres da casa e com um bebê recém nascido em casa, isso complica ainda mais. Gael está trabalhando mais do que nunca agora, já que o mesmo pretende aumentar o tamanho da casa antes que Ravi comece a andar o que ainda vai demorar um pouco.
Nesse exato momento, Ravi está dormindo e ainda é dia. Estou adiantando a comida já que daqui a pouco o mesmo despertará com fome e que vou ter que parar tudo para lhe dar atenção. Eu me sinto sozinha na maior parte do tempo, Gael dá toda a atenção do mundo pro filho e eu me sinto deixada de lado ás vezes, parei de sangrar a uns 15 dias e meu marido ainda não me tocou. Ás vezes eu penso que esse fato se deve grande parte a minha aparência agora, eu sempre fui magra e pequena, mas na gravidez de Ravi eu engordei horrores e mesmo que já tenha perdido grande parte desse peso eu ainda me sinto gorda e pra piorar flácida, meu corpo já não é mais o mesmo de quando me casei a um ano atrás. Na verdade nada é como um ano antes.
Desperto dos meus pensamentos ao escutar um choro bravo e alto. Rapidamente largo o que estou fazendo e sigo em direção ao quarto do pequeno. Sim, ele voltou para o seu quarto após muita insistência minha em deixá-lo lá na esperança que minha vida conjugal voltasse ao normal após o fim do sangramento. Calmamente o tiro do berço:
- Zangado que nem o pai! Na verdade tudo seu é igual ao seu pai... - Murmuro.
Sento na cadeira, abaixo o meu vestido e o amamento. Enquanto o amamento, acaricio sua pequena cabeça com os fios negros presentes. Após mamar e arrotar sinto um cheirinho não muito agradável vindo de sua fralda de pano.
- Seu danadinho! - Brinco enquanto troco a fralda por outra nova, sempre me divertindo com o meu pequeno.
- Agora vamos passear no jardim?! Você precisa tomar um solzinho de vez em quanto. - Saio com ele no colo e o levo pra caminhar ao redor da casa. Apesar de todo o trabalho e cansaço, eu amo meu filho. Eu virei uma babona, sempre quis cuidar mais dos meus irmão, mas meu pai nunca deixou por medo que eu os incentivasse a ser como eu. Mas o que eu sou afinal?
Quando percebo, Ravi já dormiu novamente em meus braços e o levo de volta pra dentro. Será que é isso que eu sempre sonhei em ter?
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Horas depois
Aproveito que Ravi dormiu de novo após mamar e finalizo o jantar no mesmo momento em que Gael chega. Depois que o mesmo mudou com a notícia da gravidez, eu vejo com outros olhos, eu vejo o quanto ele é trabalhador e dedicado ao filho, só que a mim ultimamente não muito.
- Onde está o pequeno? - Pergunta assim que entra pela porta da sala. Ultimamente é assim, ele é totalmente apaixonado pelo Ravi e eu agradeço todos os dias á Deus por isso.
- Está dormindo. - Murmuro.
- E você? Como está? - Pergunta como todas as noites quando chega do trabalho, sempre obtendo a mesma resposta.
- Estou bem.
Ele me olha e olha e não diz nada.
- A comida já está pronta, vá se limpar enquanto eu coloco a mesa. - Interrompo o silêncio constrangedor.
- O que tá havendo Amélia? - Questiona um pouco irritado.
- Nada.
- Como assim nada? Faz dias que você não conversar comigo direito. - Solta irritado.
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Любовные романы* Capa provisória.ñ * Minha primeira história desse gênero, espero que gostem. * Não sou escritora profissional. * História totalmente autoqqqqral. Q #1e 11ªq ásm romancedeépoca em 12/03/2022