Amélia
4 meses e meio depois...As coisas por aqui, não podiam estar melhores. Ravi já está com seis meses e cada dia mais esperto e a cara do pai. Gael por sua vez, permanece apaixonado pelo filho e por mim, sempre que pode tira umas folgas e me ajuda com o bebê e claro, transamos. Nunca achei que depois de tudo sentiria um prazer tão absurdo com Gael, e que com o passar das vezes em que fazíamos só melhorasse. Eu amo meu marido, amo meu filho e amo a vida que eu tenho com os dois, eu não poderia estar mais feliz.
Nesse momento, me encontro no quarto de Ravi o observando dormir em seu tranquilo sono. Em pensar que daqui a uns meses terei outro pequeno ser para amar e cuidar me deixa imensamente feliz, porém apreensiva. Sim, eu estou grávida de novo, não sangro há 2 meses, Gael não percebeu nada de diferente, os sintomas são idênticos ao da gravidez de Ravi, mas eu sempre arrumo uma desculpa para não comer na presença dele, e evito ao máximo qualquer suspeita que ele possa vir a ter. Eu mesma já notei meu quadril mais largo e os seios ainda maiores do que já eram mesmo amamentando o pequeno. Eu estou apavorada e com medo, mas diferentemente da primeira gravidez eu sei que Gael vai amá-lo e aceitá-lo com todo o amor do mundo. Sei disso vendo como o mesmo trata Ravi, e que apesar de não ter me dito com todas as letras, sei que quer outro filho. E bem, do jeito que estamos transando que nem coelhos, não fiquei tão surpresa.
Decidi fazer uma pequena surpresa pra ele dessa vez, nesses tempos em casa, aprendi a tricotar e pode ser modéstia minha, mas eu tricoto muito bem. Fiz um pequeno par de luvas brancas, já que eu não sei se é menino ou menina e coloquei em uma pequena caixa de madeira. É simples, mas o que vale é a intenção.
Pego a caixinha e sigo em direção ao nosso quarto já que o pequeno dorme tranquilamente e não deve acordar tão cedo. Escondo a caixinha debaixo da cama e espero Gael chegar. Não tarda e ouço a porta sendo averta e sua voz poderosa atravessando o ambiente.
- Amor, onde você está? - Diz ainda na sala me procurando. Ele já deve estar estranhando já que todo dia eu o recebo na sala.
- Estou no nosso quarto. - Digo baixo, mas o suficiente pra ele ouvir e seguir em minha direção.
- Está tudo bem? Não me recebeu hoje como costuma fazer, é algo com Ravi? - Diz entrando no quarto e já me enchendo de perguntas preocupado.
- Não foi nada, tá tudo bem. Ravi está dormindo agora, eu só tenho algo pra te contar. - Digo o olhando.
- O quê? - Diz curioso.
Não digo nada, apenas aponto pra ele sentar na cama e quando o mesmo senta, eu pego a caixinha de debaixo da cama e o entrego.
- É pra mim? - Diz arqueando a sobrancelha.
Apenas assinto. Ele abre a caixinha e a observa por um tempo.
- Luvas nova para o Ravi? São lindas amor, você que as fez? Não acha que estão pequenas demais pra ele? - Me bombardeia de perguntas confuso.
- Sim, eu que as fiz, mas não são para o Ravi. - Digo esperando que o mesmo compreenda.
- E pra quem seria? - Fala curioso.
Porque os homens são tão lerdos assim?
- Acho que vamos precisamos de outro quarto. - Solto esperando que ele compreenda.
Ele continua parado me analisando. Suspiro.
- Precisamos de mais espaço. - Completo.
Ainda me olha sem compreender. Que homem mais lerdo meu pai!
- Agora nessa casa, não somos apenas eu e Ravi que amamos você. - Pego sua mão e a levo em direção a minha barriga.
Compreensão passa pelo seus olhos e diversas outras emoções que não consigo identificar.
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Romance* Capa provisória.ñ * Minha primeira história desse gênero, espero que gostem. * Não sou escritora profissional. * História totalmente autoqqqqral. Q #1e 11ªq ásm romancedeépoca em 12/03/2022