Dois Corpos Uma Alma

05 Capítulo - Famílias

Ohm

Nossos pais ainda olhavam para cada um de nós sem dizer nada quando a senhora Punch entra na sala com seu caminhar lento de uma senhora e um sorriso amoroso no rosto.

- O jantar esta na mesa senhores. - Ela fala sem notar o clima de choque dos meus pais.

- Oohh, sim. - Pai Max fala primeiro, saindo do transe que estava.

- Humm...Vamos. - Papai Tul se levanta e chama a todos. Estamos todos esperando que a conversa comece porque eles jamais aguentariam ficar sem saber sobre a vida particular dos filhos por muito mais tempo que isso.

- Então com quem começamos Max? - Papai Tul pergunta para pai Max enquanto começa a comer e olha para cada um de nós.

Love parece ser a única nervosa, talvez por ser a mais nova e ainda não entender como funciona a dinâmica dos nossos pais, eles amam uma cena dramática, Pluem e eu sabemos que eles sempre priorizam a nossa felicidade.

- Que tal irmos pela ordem de nascimento? - Pai Max fala sério e se não o conhecesse bem diria que ele realmente esta sério sobre isso.

- Bem, Pluem o que esta esperando? - Papai Tul fala como se isso fosse óbvio de mais.

Pluem se ajeita na cadeira entrando no jogo deles, limpa a garganta como se fosse começar uma apresentação no trabalho.

- Conheci um rapaz no baile, ele ainda é universitário e cursa música, conversamos bastante pelo Line desde então, marcamos um encontro para amanhã à noite e isso é tudo, quando eu souber melhor como as coisas serão entre nós vocês serão informados. - Ele termina muito sério como se realmente estivesse dando um relatório policial aos supervisores, Love vendo como estávamos todos sérios estava cada vez mais pálida acreditando em todo teatro.

- Humm...Você foi bem. - Pai Max diz, abandonando o prato, pondo os cotovelos na mesa e cruzando os dedos sobre ele olhando para mim agora. - Sua vez Ohm.

- Ok, eu também conheci um rapaz no Baile.

Meus pais trocam olhares surpresos, eles sabiam da bissexualidade de Pluem, mas como nem mesmo eu sabia exatamente minha orientação por não sentir nada por ninguém eles também não tinham como saber.

- Quando você iria nos contar sobre isso? - Papai Tul pergunta, e eu sei que ele não esta falando de Nanon, mas sim sobre eu gostar de rapazes.

- Ohoo!!Papai você sabe que seria o primeiro a saber se eu também soubesse, foi repentino, inesperado e me deixou desnorteado. - Digo olhando para ele que assente entendendo meu ponto.

- Eiii, como assim Tul seria o primeiro e eu? - Pai Max fala com um olhar de falsa magoa me fazendo rir. Eles sabem o quão delicado o assunto de relacionamentos era para mim e como sempre me incomodou o fato de ninguém me atrair.

- Você também pai, sabe que sim. - Respondo para ele ainda rindo.

- Certo agora quem é? E como assim namorando? Por que tão rápido? - Entendo o receio deles, por me acharem inexperiente sempre tiveram medo de eu confundir meus sentimentos.

- Ok, o nome dele é Nanon korapat Kirdpan Pakorn...

- Desculpe você disse Pakorn? - Papai Tul fala com uma careta.

- Sim, algum problema? - Agora estou começando a parecer Love, meu bom humor ameaçando me abandonar.

- Não da minha parte nem de seu pai Tul filho. - Pai Max me tranquiliza. - Mas se você estiver falando dos Pakorn que conhecemos você terá uma grande luta com aquela mulher.