Capítulo três.

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boa leitura!

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Assim que voltou da cozinha, sem a garrafa de vinho, Pat logou anunciou que iria subir, pois ainda se sentia muito cansado da viagem, o rapaz estendeu sua mão em direção ao melhor amigo, um pedido mudo que ele subisse também. Eles se despediram de todos e foram rapidamente para o segundo andar da casa.

Pran sabia que alguma coisa estava errada e queria muito perguntar o que era, mas algo o segurou. Se Pat estivesse confortável, ele lhe contaria uma hora ou outra.

Pran abriu a porta do quarto, deixando Pat entrar primeiro, vendo o maior sentar de qualquer jeito na poltrona. Pran sentou-se na cama, tendo uma ótima visão do melhor amigo. "Seu primo não é tão ruim assim, na verdade ele me lembrou você", ele comentou, tanto para quebrar o gelo, como também para provocar o melhor amigo.

"Você está louco? Não temos nada em comum...", resmungou, um bico se formando em seus lábios. Pran deu de ombros sabendo que seu objetivo tinha sido atingido.

Pat se levantou e caminhou até a cama, deixando seu corpo cair ao lado de Pran. "Vamos dar uma volta amanhã? Tem muitas coisas legais que eu quero te mostrar"

"Eu acho uma ótima idéia", ele concordou, apoiando as mãos no colchão macio e inclinando um pouco para trás para encarar o outro, bem a tempo de vê-lo dar um longo e grotesco bocejo.

"Eu realmente quero dormir", o moreno coçou os olhos, sentando-se na cama.

"Troque de roupa primeiro, então".

"Tudo bem, mãe", ele respondeu em tom de deboche. Levantou-se um pulo, jogando seus chinelos para qualquer direção, logo em seguida tirou sua regata preta, jogando a mesma contra Pran, que olhava para Pat com a boca levemente aberta.

"Gostando do que está vendo?", Pat provocou, uma de suas mãos passando por seu abdômen, enquanto lançava uma piscadela para Pran.

"Você é patético!", Pran falava com desprezo, jogando a regata de Pat no chão. Ele tinha que achar um jeito de mudar a situação daquele quarto, não estava no clima de brigar ou entrar nas provocações de Pat. "Você parecia chateado lá na sala... Aconteceu alguma coisa?"

Pat estava terminando de trocar de bermuda, um sorriso desaparecendo rapidamente de seus lábios. O rapaz coçou sua nuca, se jogando na cama novamente, deitando-se de uma forma que Pran não conseguisse ver seu rosto.

"É meu pai. Ele não acredita em mim".

Pran arregalou os olhos, pulando para mais perto de Pat, empurrando o garoto para que eles se olhassem frente a frente. "Ele descobriu sobre nós?"

"Não, não descobriu", Pat se apressou em explicar, fazendo o outro suspirar em alívio. "Ele simplesmente não acredita nas minhas escolhas, sempre questiona tudo o que eu faço".

"Acho que todos pais são assim"

"Mas meu pai consegue ser pior. Se não tiver o dedo dele no meio, não presta... Mas não quero mais me chatear pensando no meu pai. Temos que pensar em coisas mais importantes". Pat virou seu corpo de lado, o brilho de seus olhos voltando, junto com um sorriso em seus lábios.

Pran conhecia muito bem aquele - e todos os outros - sorriso e coisa boa não estava por vir.

"Discutir o quê?", perguntando desconfiado. Deitou-se de lado, ficando bem perto de Pat.

"Temos que agir mais como namorados, Pran".

"O que é agir mais como namorados?", ele sabia muito bem o que o outro estava querendo dizer, Pran estava simplesmente se fazendo de idiota. É claro que ele já tinha pensado (e surtado) sobre isso antes.

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