Capítulo cinco.

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nem vou dizer nada, vou apenas postar logo para ver se vocês me perdoarem pela demora ):

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Pran começou a subir as escadas, pensando o quanto as coisas pareciam estar saindo do controle. Ele odiava essa sensação de não ter controle sobre as coisas, já não bastasse não controlar o seu coração.

Enquanto estava preso em pensamentos, o rapaz teve a impressão que estava sendo observado. Parou no meio do corredor, olhando para todos os lados, não encontrando nada suspeito. Pran voltou a andar, mas logo parou novamente, pois ao passar seus olhos, acabou encontrando Pat dentro de um quarto (qual Pran não sabia de quem pertencia), seu melhor amigo estava levemente curvado, seus ombros pareciam balançar...

Aproximou-se devagar, abrindo com a porta com o máximo de cuidado, mas mesmo assim Pat olhou para trás, como se de alguma forma ele soubesse que era Pran. Bom, talvez ele soubesse mesmo, pois o que Pran viu era um Pat que poucos conheciam.

Seu melhor amigo tinha os olhos vermelhos, assim como a pontinha de seu nariz, seu lábio inferior estava curvado. Pat não estava fingindo que tudo estava bem, ele estava triste e vulnerável, algo que ele não costuma ser com quase ninguém. Tirando Pran, é claro.

Ele se aproximou do outro, sentado ao seu lado, sem dizer uma única palavra. Minutos de silêncio se passaram, mas aquilo não era incomodo. Pran acabou sentindo a cabeça de Pat descansar em seu ombro.

"Sinto cheiro de bebida... Você bebeu?", sua voz saiu rouca e Pran teve que se segurar para não suspirar.

"Hm, talvez um pouco", seu olhar estava voltado para a frente, mas mesmo assim Pran conseguia sentir os olhos de Pat em seu rosto.

"Pouco? Está certo".

"Está tudo bem?", Pran perguntou, decidindo que aquela era uma boa hora para perguntar.

"Está sim, não se preocupe", ele respondeu, levantando sua cabeça e lançando um sorriso para o outro. Foi um sorriso pequeno e rápido. E o mais importante: um sorriso falso.

"Não posso evitar", comentou e o outro riu. Eles permaneceram daquele jeito por algum tempo, apenas sentados em um quarto escuro, observando uma parada branca

Pran não sabe dizer ao certo quanto tempo eles ficaram lá. Talvez tenha sido algumas horas, dias ou mesmo anos, não importava. Ele gostava do silêncio e gostava ainda mais de estar em silêncio com Pat ao seu lado.

"Estou com preguiça de voltar para o quarto", Pat confessou, seus olhos fechados, o único som que ele conseguia ouvir era as batidas do seu coração.

"Eu também", Pran respondeu segundos depois. Ele estava deitado na cama, seus olhos estavam pesados, tinha a sensação que poderia pegar no sono a qualquer instante.

"Vamos ficar aqui?", Pat sugeriu.

"Mas essa cama não é muito pequena?", perguntou.

"Acho que cabemos nós dois aqui", disse, levantando-se e deitando ao lado de Pran. Sim, a cama era muito pequena para os dois, mas Pat não se incomodava e achava que Pran também não. "Confortável?"

"Muito", respondeu irônico. Pran não sabe o que lhe deu, mas resolveu colocar uma de suas mãos sobre a cintura do outro, como forma de brincadeira.. Não era uma coisa que ele costumava fazer, mas a bebida o deixava mais desinibido.

Isso era algo que Pat faria, então Pran tinha certeza que o melhor amigo entenderia sua brincadeira. No entanto, se preocupou quando Pat se afastou e sentou-se na cama.

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