Palavras de Ânimo

133 8 7
                                    

Naquela noite Carmen não conseguiu dormir, um sentimento de impotência e de culpa queria se apoderar dela, ela tentava controlar com todas as forças as lágrimas que insistiam em rolar, logo o dia amanheceu, Carmen se manteve séria durante o café da manhã, apressou os filhos e saiu, para levá-los a escola e depois foi para o trabalho.

Passado o dia, Carmen havia ido para o intervalo, passando pela parte externa, Lucio viu Carmen sentada sozinha numa mesa, de longe percebeu que ela estava chorando, incrível como em tão pouco tempo Lucio a conhecia tão bem, desde que havia chegado notou que ela não estava bem, ele até tentou ignorar, mas não conseguiu e se aproximou.

_ Carmen.

_ Ah Lucio- secando as lágrimas e tentando disfarçar

_ Aconteceu alguma coisa?

_ Não, nada estou bem.

_ Tem certeza, se eu puder te ajudar em algo...

Carmen até tentou mais não conseguiu controlar as lágrimas e começou a chorar, Lucio imediatamente a abraçou, e ali naquele abraço que tanto ela sentiu falta chorou por alguns minutos.

_ O que houve, porque você esta assim?- disse dando-lhe um beijo na cabeça e acariciando -lhe os cabelos.

Minutos depois

_ Está melhor?

_ Sim, obrigada.

_ O que aconteceu Carmen? Conte-me, confia em mim.

_ Não quero falar sobre isso muito menos aqui.

_ Está bem, se quiser podemos ir algum lugar depois do expediente e conversamos.

Carmen o observou por alguns segundos.

_ Está bem.

_ Bom tenho que ir, nos vemos mais tarde.

_ Até

Mais tarde

Lucio foi até a recepção.

_ Vamos ou mudou de ideia, se quiser desistir tudo bem.

_ Não pelo contrário, estou precisando mesmo desabafar, de um amigo pra conversar.

_ Então vamos.

Carmen e Lucio foram para o estacionamento, entraram no carro e saíram, no caminho Lucio tentou puxar conversa.

_ Gostaria de ir a algum lugar específico?

_ Não, onde você escolher está bom pra mim.

Lucio a observou por alguns segundos, algo muito sério havia acontecido, nunca tinha visto Carmen com aquele semblante. Minutos depois chegaram ao destino.

_ Chegamos.

Carmen o olhou sem entender

_ Minha casa, pensei que aqui você iria se sentir mais a vontade para conversar, não se preocupe meus filhos estão passando uns dias na casa de uma tia minha.

_ Está bem.

Lucio abriu a porta e pela primeira vez Carmen entrou na casa de Lucio.

_ Muito bonita sua casa, de muito bom gosto.

_ Muito obrigado.

_ Fique a vontade, gostaria de beber alguma coisa?

_ Um café pode ser.

VEP- História de CarmenOnde histórias criam vida. Descubra agora