Continuamos a observar as estrelas, e cada vez mais eu percebia o quanto ela me fazia bem. Começou a esfriar, e logo fique arrepiada por completo. Ela percebeu, pois não tinha retira sua mão de cima da minha, vi que Alicê se levantou e me puxo rapidamente. Me colocou ao seu lado e abraçou meus ombros cuidadosamente, dando de leve um beijo em minha cabeça. Naquele momento eu me senti tão especial, me senti amada, o que não senti a tanto tempo. Passamos a andar em direção à porta onde ela abriu e deu total passagem para eu entrar. Ela trancou a porta, e fomos até o sofá, onde resolvemos voltar a ver o filme. "Ele é realmente incrível, eu não tinha ouvido falar dele, uma história com uma paixão, com um amor que hoje em dia são baseado em coisas falsas e sem graça!". Já eram quase 03:00 horas da manhã, "o que eu estava fazendo ali, acordada mesmo?".
- Alicê, obrigada mesmo, pela noite maravilhosa e por ter me ajudado, mais eu realmente preciso ir.
Alicê suspirou de leve, e pegou a sacola que havia escondida e passou a me entregar. Ao segurar sua mão, senti a mesma um tanto gelada, e até pensei que estaria assim por estar sem jaqueta ou até pensei que estaria doente. Peguei a sacola rapidamente, e caminhei até a porta. Fui até a calçada e pedi para que a Alicê ligasse pra algum ponto de taxi pra mim. Entrei no táxi e passei as informações para o taxista. Deixei a janela fechada, pois estava bastante frio, continue a observar o caminho que estávamos a percorrer e a imagem da Alicê vinha direto em minha cabeça. E aquelas palavras me deixavam cada vez mais confusa. "Laura, a muito tempo andei te acompanhado, e quando percebi me peguei apaixonada em você, e lá no fundo sei que você sente algo de igualdade ao meu. Por favor, não vá.. ". "O que ela queria? Eu mal a conhecia". Amanhã eu não conseguiria acordar cedo, já era 04:00 horas da manhã e eu ali naquele táxi. Não morava tão longe dela, mais não iria andar até lá. Táxi parou em frente à minha casa e desci lhe entregando o dinheiro, e pedi pra que ficasse com o troco. Entrei em casa tranquei a porta e me sentei no chão.
- Isso foi estranho. - Eu disse após pensar bem no que tinha acontecido.
Me levantei um pouco zonza e fui até a mesinha de centro que se encontrava em minha sala, peguei o telefone e liguei Ofina pedindo para desmarcar todas as minhas aulas de amanhã e disse que tinha caído em um resfriado tenso. Agradeci e desliguei, subindo minhas escadas e indo até meu quarto onde me taquei na cama e sem pensar duas vezes adormeci. Eu não tinha o costume de senhor até por que não tinha tempo nem pra isso. Mais aquela noite foi diferente eu tive um sonho.. Um sonho que não esperava. "O que eu fazia naquela praça tão cedo? Sim, eu estava em um banco com uma coberta em minha costas. Estava sentada sentindo a brisa e o vento gelado, eu vi uma menina se aproximar e ela se sentou ao meu lado com um livro, quem dera, era a Alicê, abri um sorriso e a olhei. Alicê olhou pra mim e correspondeu o sorriso preocupada e passou a se levantar, segurei em seu braço e a virei.
- Onde você vai?
- Vou sair, a propósito como é seu nome?.
Oi? Ela não se lembrava de mim?
- Sou eu, Laura, não se lembra?
- Me desculpa, mais eu preciso ir, não, não a conheço, mais enfim, prazer. - Sorrio docemente e saio em seguida". Eu acordei assustada. Me sentei na cama e engoli seco. "O que era aquele sonho?".
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A Última Nota
RomanceOlá, me chamo Laura e vim aqui contar minha história pra vocês. Tenho 21 anos, e sou professora de piano em uma das melhores escolas. Esse foi algo que aconteceu sem querer, mais foi a melhor sem querer que pude imaginar.