Seis

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Eu pulo, você pula.
≿༺❀༻≾

DOMINGO
14 DE ABRIL
DE 1912.

  𝓤m dia claro e ensolarado. A luz do sol esplandece pelos decks. Rose e Cal estão tomando café da manhã em silêncio. A tensão é palpável.

Trudy Bolt, em seu uniforme de empregada, serve o café e entra.

CAL

– Eu esperava que você viesse até mim ontem à noite.

ROSE

– Eu estava cansada.

CAL

– De fato. Seus esforços abaixo do convés foram sem dúvida exaustivos.

ROSE

(enrijecendo)

– Vejo que fez aquele agente funerário me seguir. É bem típico de você.

CAL

– Você nunca mais vai se comportar assim! Você entende?

ROSE

– Eu não sou um capataz em suas fábricas do que você pode comandar! Eu sou sua noiva...

Cal explode, varrendo a porcelana do café da manhã da mesa com um estrondo. Ele se move para ela em um momento chocante, olhando para Rose e agarrando os lados de sua cadeira, então ela fica presa entre seus braços. Ela nunca o havia visto tão transtornado.

CAL

– Sim! Tu és! E minha mulher... na prática, se ainda não por lei. Então você vai me honrar, como uma esposa respeita seu marido! Eu não vou ser feito de idiota novamente e tolerar sua indecência! Será que fui pouco claro? Ótimo.

Rose se encolhe na cadeira. Ela vê Trudy, congelada, no meio da porta trazendo o suco de laranja. Cal segue o olhar de Rose e se endireita. Ele passa pela empregada, entrando na cabine.

ROSE

– Nós... tivemos um pequeno acidente. Desculpe, Trudy. Eu-

  𝓡ose está vestida para o dia e está ajudando Ruth com seu espartilho. As amarras apertadas não inibem a fúria de sua Mãe.

RUTH

– Você não vai ver aquele garoto de novo, você me ouve Rose? Eu proíbo!

Rose está com o joelho na base das costas da mãe e puxa as cordas do espartilho com as duas mãos.

ROSE

– Oh, pare com isso, mamãe. Você vai se dar uma hemorragia nasal.

Ruth se afasta dela e vai até a porta, trancando-a.

CLACK!

RUTH

(virando para ela)

– Rose, isso não é um jogo! Nossa situação é precária. Você sabe que o dinheiro acabou!

ROSE

– Claro que sei que se foi. Você me lembra disso todos os dias.

RUTH

– Seu pai não nos deixou nada além de um legado de dívidas incobráveis ​​escondidas por um bom nome. E esse nome é a única carta que temos para jogar. – Rose a vira e pega as cordas do espartilho novamente. Ruth suga em sua cintura e Rose puxa. – Eu não te entendo, mas já é decidido. Será uma boa esposa para Hockley, e vai garantir nossa sobrevivência.

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