One Less Lonely Girl || Justin Bieber

Capítulo 2

"Pensei ter dito para você ficar, voltou por arrependimento?" Uma voz cortou o silencio. Eu já sabia quem era, nem precisei me virar.

"Não" Eu disse assustada, ele soltou um sorriso abafado, como se eu estivesse mentindo descaradamente. Mas que idiota! "Voltei porque não encontro meu celular, pode estar por aqui."

"Não, não pode." Ele soltou, rispidamente. Eu decidi me virar. Justin está a poucos centímetros, com os braços cruzados.

"E porque não? Pode me dizer?"

"Você estava na terceira fila, à direita. Bem ali." Ele responde, apontando. O tom foi tão leve que eu me distrai. Espera... Ele sabe onde eu estava sentada?

"Obrigada." Eu agradeço, seguindo para onde seu dedo indicou.

"Encontrou?"

"Na verdade, não... Err... Por que está aqui?" Pergunto, me arrependendo imediatamente. As palavras simplesmente saíram, ele não demonstrou nenhuma expressão.

"Eu preciso de um motivo?"

"Eu só estava tentando puxar assunto..."

O observei por um estante, não estava mais usando as roupas do show, havia trocado por uma calça moletom e uma regata branca.

"Tenho que ir."

"Ou você pode ficar." Justin sorri. Seus olhos ardem, e meu corpo corresponde. O que eu estou fazendo? Ai meu Deus, ele é tão... Respira, respira, sem ataques, Helena.

"Não, eu preciso mesmo ir, pode sair..." Eu falo, tentando tirá-lo da minha frente. Justin é apenas alguns centímetros mais alto que eu, porém, é muito mais forte.

"Não precisa ir, não é o que eu acho..." Ele se aproximou, algo em sua voz suplicava por mim.

Justin me puxa para perto, pousando delicadamente sua mão em meu rosto. Tentei desviar o olhar, não consegui.

"Você é muito bonita..."

"E você não sabe nem ao menos o meu nome" Eu dei de ombros, nervosa. Seu corpo estava próximo e o meu apelava, cada vez mais incontrolável, por mais um toque. É definitivamente o que eu quero, e o que eu tenho a perder? Minha dignidade? Minha vontade própria?

"Prazer, eu sou Justin. E você...?" Ele agarra minha mão.

Aquele não era o Justin Bieber dos pôsteres que eu tanto evitava olhar, era um cara real e estava na minha frente, insinuando coisas que há muito tempo ninguém se atrevia a insinuar. Cada palavra me agitava, me fazia subir e acelerar de ritmo. Como uma chama forte e descontrolada pulsando dentro de mim.

"É Helena, mas todos se acostumaram a me chamar de Lena... O que você quer?"