Capítulo 18

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Heeeey meus lindos, gatos, e pacientes leitores!

Sinto muito pela demora, eu escrevi e adicionei esse capítulo de última hora, simplesmente por eu achei muito, muito necessário kkkkk Me perdoem, por favor!

Vocês sabem sobre toda aquela baboseira de: A perfeição leva tempo... Isso é totalmente aplicável nesse caso kkk

A música do vídeo é Eye of the Needle, da sia. Lá embaixo, tem um aviso para quando vocês devem dar o play, eu ficaria muito feliz se vocês ouvissem. Achei perfeita para o momento. :)

Tenho o pressentimento que vocês vão adorar esse capítulo s2


***



Presente, Helena... Pense apenas no presente... Presente, Helena... Pense apenas no presente.


Meus olhos estavam fechados, as pálpebras doíam enquanto eu as apertava uma contra a outra, para que nem a proposta mais tentadora me fizesse abri-las. Naquele momento eu estava presa num pequeno universo, criado dentro de minha mente.

O ruído da porta do carro sendo aberta me assustou, e eu encarei a cortina escura e sombria que se formara em minha frente, ao abrir meus olhos. Justin me colocara com delicadeza no banco da frente, os olhos dele desviaram-se dos meus. Ele dera a volta no carro com pressa, eu podia escutar sua respiração descompassada, seu descontrole era visível.

Eu fechei os olhos novamente, e deixei a cabeça cair sobre o vidro da janela, tentando afastar os acontecimentos anteriores que teimavam em me atormentar a cada segundo. Eu ainda podia ouvir as terríveis palavras de Dylan ecoando em meus ouvidos, podia senti-las em minha pele. Mas fora isso, não havia mais nada.

Seus lábios continuavam nos meus e suas mãos continuavam esmurrando minhas costelas apenas porque sentia o ardor dos ferimentos que estes haviam me deixado. A noite se tornara uma imagem em branco, embaçada por minhas lágrimas.

Acordando-me dos meus pensamentos, Justin entrara e fechara a porta violentamente, fazendo com que eu sentisse o impacto implacável da batida. O clima era tenso, e tudo a nossa volta era escuridão. Eu me recusei a encará-lo, e me encolhi ao máximo no banco.

Justin rosnou e por segundos ficamos ali em silêncio, imóveis dentro do carro. Ele parecia extremamente revoltado, inquieto, a respiração eram sussurros gelados e distantes. Como se a qualquer momento ele fosse explodir ali, com toda a sua fúria, e logo depois desabar, como um daqueles prédios em implosão. Eu não sabia como deveria reagir aquilo, ou como deveria reagir aquele silêncio mortal, então simplesmente o observei. Meus olhos estavam fixos num Justin que eu jamais pensei que veria, completamente angustiado. Não nos olhamos.


"Droga, Helena... Por Deus, fale alguma coisa... " Ele deitou a cabeça sobre o volante e o socou algumas vezes, cerrando os olhos. As palavras me cortaram como navalhas.


"O que quer ouvir, Justin?" Eu perguntei sem vida, com a voz repleta de mágoa.


Ele erguera a cabeça num movimento rápido, e voltara os olhos para mim. Mergulhamos numa troca de olhares inexplicável. Sua face raivosa, os gritos de puro ódio trancados em sua garganta, e o maxilar trincado se dissiparam lentamente, até que não restasse nada além de pena e dor. Eu o fitei por apenas mais um segundo, franzindo as sobrancelhas, e me virei novamente para a janela.

One Less Lonely Girl || Justin BieberOnde histórias criam vida. Descubra agora