AMOR SOBRE RODAS

Capítulo 17

(L). Entro no caminhão dele, me acomodo e falo:
Muito obrigado pela carona.
(C). Você não sabe que é perigoso andar essa hora  da noite pelo acostamento, você pode ser atropelado ou então encontrar alguém mau intencionado.
(L). Uhm tá preocupado com a minha segurança é falo batendo meu ombro no dele, e jogando o cabelo pra trás.
(C). É claro que não... Não seja ridículo. Isso é o manual básico de segurança na estrada.
(L). Ah tá bom vou fingir que acredito.
(C). Mas e aí, porque você vinha andando essa hora.
(L). Acredita que eu perdi o ônibus.
(Eu não ia dizer pra ele o real motivo)
- Aí não tive outro jeito a não ser vir andando.
(C). Ah sim, entendi. E como vc se chama. Seu nome mesmo porque já te conheço por boca de salame e bunda de tanajura. Rsss.
(L) Há há... Engraçadinho... Eu me chamo Lucas e fique você sabendo que eu não gosto nem um pouco desses apelidos.
(C). Tudo bem então boca.... Desculpe Lucas eu me chamo Carlinhos.
(L). Um bonito nome, passo a mão em seu braço e ele puxa.
(C). Qual foi meu irmão. Não é porque estou te dando uma carona que já pode vir pra cima de mim assim não.
Eu já te disse homem que é homem não engole sapo  come perereca .
E não importa se você é um sapo bonito eu sempre vou querer uma boa perereca... Me entendeu.
(L). Em alto e bom tom. Cruzo os braços olhando pra janela e percebo que ele me elogiou, então a guerra ainda não está perdida. Solto um sorriso.
(C). Chegamos ao centro de Penedo. Eu moro na Vila primavera e você... E porque está sorrindo...
(L). Oi... Nada não. Olha que coincidência eu moro umas duas ruas depois da vila.
Carlinhos me leva até a esquina de casa e quando desço.
Falo obrigado pela carona e pelo elogio.
(C). Elogio...
(L). Eu sei que sou um sapo bonito e se você vir brincar na minha lagoa você não vai se arrepender.
(C).Deixa de gracinha boca de salame.
A gente se ver por aí.
(L). Boa noite. Dou uma piscadinha pra ele e entro feliz em casa.
Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.