Capítulo 149

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(L). Chegamos a Anápolis, já era noite fomos à delegacia e nos informaram que precisavam de 24 horas do desaparecimento para começarem a investigação oficial. Fiquei indignado já que o vídeo mostrava tudo porque a demora, me disseram que era protocolo.
Agora estou aqui no hotel mas algo dentro de mim grita então calço os sapatos...
(Ezequiel). Aonde você vai Lucas?
(L). Eu preciso de ar fresco, estou sufocado aqui dentro.
(Luiz). Está bem,mas não demore o que não precisamos agora é outro problema, por favor.
(L). Tudo bem eu não me demoro.
Começo andar pelo centro da cidade e em todas as televisões passam a mesma reportagem e a voz de Carlinhos tão firme e tão doce se despedindo de nós.
Me sento no banco da praça e choro.
Eu sinto tanto pretinho, não ter voltado enquanto eu tive tempo.
Eu sinto por ter sido tão cabeça-dura,
Eu sinto por não querer ouvir sua voz que dizia que me amava e agora tudo que eu quero é o seu colo, o seu abraço, o seu cheiro no meu pescoço...
Porque você pretinho... Logo você que é sempre tão cuidadoso com tudo, responsável...
Eu não posso aceitar que você partiu e me deixou aqui sozinho...
Você prometeu que nunca iria me deixar e mais uma vez não cumpriu. Eu quero você Carlinhos... Só você... Meu amor.. Choro por horas e só percebo que é tarde quando os bares começam a fechar então volto para o hotel.
(Ezequiel). Lucas... Eu já ia atrás de você menino... Como demorou...
(L). Abraço Ezequiel e choro.
- Eu não sei se consigo ser forte.
Luiz também vem ao nosso encontro e ficamos abraçados por um tempo.
Amanheceu e aqui estamos nós na porta da delegacia, o delegado responsável nos pediu paciência... já estava chegando a polícia federal que trabalharia em conjunto com eles, a  polícia civil, para descobrir o paradeiro do caminhão e do corpo de Carlinhos...
Ele já davam por certo por sua morte, mas eu não.

AMOR SOBRE RODASOnde histórias criam vida. Descubra agora