Afalaur - A cidade dos Imortais

Capítulo 2 - Fleuma

- Capítulo revisado e repostado.

- Se houver qualquer erro, me avisem por favor.

- Aproveitem!

A próxima coisa de que teve consciência foi que estava enrolado como uma bola, aquecido sob cobertas grossas, e a voz forte de Sirius enchia o quarto.

"Ele deve estar dolorido, quando acorda daremos uma poção apimentada e uma para dor"

"Eu deixarei algumas de meu estoque aqui" Harry demorou o máximo que ousou fingir estar dormindo. Ele reconheceu aquela voz como de Snape e não queria enfrentar o professor.

"Tem comido direito? Você está mais pálido que o normal" perguntou Sirius, com um tom bastante preocupado.

"Narcisa... eu e ela, fizemos um voto perpetuo. O lorde das trevas pretendo descontar em Draco pelo erro de Lucios, eu jurei o proteger, não que eu precise de um voto para proteger meu próprio afilhado, por mais mimado que ele seja" disse Severo, sua voz chorosa aos prantos.

"Vamos achar uma solução, fale com Dumbledore, talvez possamos enviar Narcisa para outro país e proteger o jovem Malfoy enquanto termina os estudos. Voldemort não conseguirá entrar em Hogwarts esse ano, enfermarias de sangue foram erguidas." explicou Sirius.

"Sim, obrigado" Harry segurou o máximo que pode, ele quase sentiu-se engasgar com saliva. Sirius e Snape estavam conversando civilizados, sem nenhuma queixa sobre o passado bruto dos dois. "Então, até quando vai fingir está dormindo Potter?"

Harry saiu de sua pequena concha, olhou por cima do coberto e perguntou:

"A quanto tempo percebeu que estou acordado?" Harry piscou duro ao percebe que enxergava a poeira sobre as botas de seu professor.

"Por agora, você respirou forte demais" explicou puxando a varinha e lançou feitiços diagnósticos. "Está estabilizado, isso é bom" Snape estava suave, nenhuma farpa, apenas preocupado.

"Obrigado professor" Harry se forçou a dizer em meio a sua surpresa.

"Me desculpa Harry".

"Quê?"

"Me desculpa, eu já devia ter lhe pedido a muito tempo. Fui babaca com você e agi da mesma forma que seu pai agiu comigo, não apenas isso, não coloquei corda nos meus sonserinos e os deixei fazer o mesmo. Por isso me desculpa." Harry piscou, uma, duas, três vezes.

"Se serve de consolo, eu lhe perdoo por ser um babaca e por chama minha mãe de sangue-ruim, eu sei como podemos perde a cabeça e falar o que não queremos" Snape piscou e Harry podia jurar que viu lagrimas. Como se o dia não estivesse mais estranho, Sirius se levantou e abraçou Snape.

"Eu disse que ele ia te perdoa, assim como você me perdoou"

Snape fungou e limpou um lagrima solitária que escorreu até a olheira.

"Desça e coma algo, depois lhe darei uma poção. É melhor não tomar nada sem comida"

Harry não protestou, saiu da cama e gemeu quando a canela estralou.

"Vou lhe ajudar" Sirius segurou Harry pela cintura e estava pronto para leva-lo para a cozinha da toca. A porta se abriu imediatamente, e apareceu a dona da casa, baixa e gorducha, usando um velho robe verde.

Uma jovem bruxa de rosto pálido, em forma de coração, e cabelos castanhos sem vida, estava atrás de Molly segurando uma caneca entre as mãos.

"Olá, professor. E aí, beleza, Harry?"

"Oi, Tonks."

Harry achou que ela parecia muito cansada, e até doente, e que havia algo forçado em seu sorriso. Sem dúvida, sua aparência estava mais desbotada do que de costume, sem os cabelos rosa-chiclete.