Capítulo 32: Sonho Ou Realidade?

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Pov E.J.

Abri meus olhos e me vi sozinho na cama. Isso tudo foi... um sonho? Será que eu sonhei que o Ricky e eu ficávamos juntos? Não pode ser! Não, não, não, não! Peguei meu celular, em desespero, e... segunda-feira. Se é segunda-feira, a festa já passou, e isso significa que nada daquilo eu sonhei, mas aconteceu de verdade. Aliviado, me levantei e fui tomar um banho. Depois do banho, me vesti, arrumei a minha mochila e fui tomar café da manhã.

- Bom dia - falei me sentando à mesa.

- Bom dia - meus pais responderam.

Olhei para os outros, esperando que dissessem algo, mas todos ficaram em silêncio. Além de mim e dos meus pais, estavam: tio Gerald, tia Maggie, tio Andrew, tio Oliver, tia Rebecca, tia Lara, tio Ethan, tia Darla e tio David. Era claro que eles iriam ficar em silêncio, pelo menos na frente dos meus pais. 

- Que horas acabou ontem? - perguntei para a minha mãe.

- Depois da meia-noite. E vocês, foram dormir que horas?

- Umas 11 e pouco - respondi.

- Essa é a sua última semana de aula? - meu pai perguntou.

- Aham - assenti com a cabeça - Agora só falta os resultados das provas.

Voltamos a ficar em silêncio. Eu queria sair dali o mais rápido possível. Terminei de comer, me despedi apenas dos meus pais e fui lá pra fora. Andei até o carro e quando cheguei lá, para a minha surpresa, encontrei Ricky encostado nele, com sua mochila nas costas.

- Bom dia - disse o garoto sorrindo.

- Bom dia - beijei sua bochecha - O que tá fazendo aqui? E de mochila?

- Eu decidi que vou para a escola com você nessa semana - respondeu.

- Você tem certeza? Tá tudo meio... chato.

- Eu não vou aguentar esperar tanto tempo até você voltar da escola. Pelo menos eu me distraio um pouco, fora que vamos passar o intervalo inteiro juntos.

- Parece incrível. Então foi por isso que você levantou tão cedo? - perguntei.

- É, eu tinha que falar com os meus pais.

- Você me deu um baita susto, sabia? 

- Por quê? 

- Porque eu pensei que tudo o que tinha acontecido ontem... não tinha sido real - respondi.

- Por acaso isso parece irreal? 

Ele segurou na gola da minha camiseta polo e me puxou para um beijo. Entrelacei meus braços em sua cintura, retribuindo o beijo. Alguns segundos depois, ele parou o beijo, mas sem soltar minha gola.

- Não - respondi de olhos fechados - Isso, com certeza é real.

Quando abri meus olhos, vi o menor sorrindo. Sorri de volta e o puxei para outro beijo. Passei meus braços envolta do seu corpo, o puxando para perto. O menor colocou ambas as mãos na minha bochecha, ficando nas pontas dos pés. 

- Meninos - Mike pigarreou.

- P-pai - disse Ricky completamente vermelho.

- Vamos? - o homem perguntou.

- A-aham - assenti.

Entramos no carro em silêncio, que se permaneceu até a escola. O sr. Bowen era bem protetor com o Ricky. Espero que eu não sofra as consequências disso. Obviamente eu não irei machucá-lo, não propositalmente, mas eu espero não ter que seguir aquelas regras de manter distância, e coisas assim. Quando chegamos, fomos para nossos armários, nos sentamos no chão e ficamos conversando. Chegamos uns 20 minutos mais cedo, então faltava bastante tempo para começar a aula.

O Filho Dos Empregados - CaswenOnde histórias criam vida. Descubra agora