Está No Meu Sangue

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Olá!

Passando apenas para desejar uma ótima leitura

Nos encontramos nas notas finais

Até lá!

Verônica POV

Como é bom me deitar nos braços de minha namorada, principalmente depois de tudo que nos aconteceu naquela ilha.

Após chegarmos no apartamento de Lucy, tomamos um longo banho quente e estamos aqui, completamente nuas em sua cama. Não transamos há vários dias, mas agora estamos cansadas demais para pensar em sexo. Sim, Verônica Jauregui nem sempre pensa em fornicação, recuperei essa palavra dos primórdios da humanidade.

— Amor? Quando vamos conversar sobre sua agressão física contra mim? – Lucy não me faça te bater novamente meu amor.

— Não vou me desculpar com você Lucy, você me expôs para Jauregui. No final acabou sendo a melhor coisa que você poderia ter feito, mas você mereceu cada tapa que eu depositei nessa cara linda – digo e logo beijo minha namorada.

— Ok Verônica, ok – minha namorada diz simplesmente.

— Lucy, já passou da hora de você me dizer como descobriu que eu sou filha da sua mãe, principalmente como descobriu que você não é filha de sangue dela, você não acha? – me sento na cama de frente para ela.

— Por onde eu começo? – Lucy diz se sentando também, encostando suas costas desnuda na cabeceira da cama – Eu estava em um shopping e estava tendo teste sanguíneo rápido para uma campanha de saúde, eu na minha loucura decidi participar. O teste era para saber como estão os hemoglobinas no sangue e para quem não tem conhecimento de seu tipo sanguíneo, o teste realizado te mostraria... – Lucy para de falar e me puxa para que eu me aninhe a ela, ficando de costas contra seu peito – ...eu fiz o teste e a moça não olhou apenas a hemoglobina do meu sangue, ela também me disse que meu sangue era tipo A, o que não poderia ser, já que tanto minha mãe quanto meu pai, são do tipo O.

— Como assim amor? – a questiono.

— Eu sabia que meus pais eram tipo O, ou seja, eu só poderia ser tipo O também, entendeu? Por isso quando ela me disse eu a questionei, dizendo que não fazia sentido, eu disse que o teste estava errado e ela me garantiu que meu sangue é tipo A, ela até argumentou comigo que eu poderia estar confundindo o tipo de sangue dos meus pais e ela foi bastante incisiva quanto a isso – Lucy beija meu ombro – continuando, eu cheguei em casa e abri o cofre no quarto da minha mãe, onde ela mantém seus documentos, então comecei a pesquisar para confirmar o seu tipo de sangue, só que amor... – Lucy respira fundo – ...foi aí que eu vi um documento, uma confirmação de que minha mãe entregou uma criança para a adoção – percebo sua voz chorosa – Vero, no mesmo dia em que data a sua chegada ao orfanato, o mesmo orfanato! – me viro de frente para ela.

— Essa é sua confirmação? Baseada em um único documento? – a questiono secando algumas lágrimas de seu rosto.

— Não, mas só ali eu já havia sacado tudo amor, meu mundo ali já havia se desmoronado, a mulher da minha vida seria minha irmã – Lucy respira fundo novamente e volta a falar – eu não tive cabeça na hora para racionar mais nada, então eu simplesmente fui embora, assim sem mais nem menos. Guardei de volta os documentos no cofre do quarto da minha mãe, sem mesmo confirmar sobre o tipo de sangue dela, fiz minhas malas e fui embora amor. Me perdoa?

— Eu já te perdoei Lucy, continue falando.

— Depois de umas semanas, quando minha cabeça voltou a raciocinar alguma coisa, eu contratei um detetive, o mesmo que encontrou Camila. Eu o pedi para pesquisar tudo sobre meus pais, sobre mim também – Lucy sela nossos lábios rapidamente – alguns meses depois ele descobriu que minha mãe havia engravidado três anos antes de eu nascer, ela manteve a gravidez em segredo e quando você nasceu, ela te entregou ao orfanato – minha namorada tenta esboçar um sorriso para mim, mas não consegue.

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