Família, amigos e nós.

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Rafaella Kalimann

Já havia se passado um mês após o nascimento das crianças. Eu recebi alta na primeira semana do hospital e desde então não faço mais nada em casa.

Cozinhar? Gizelly tenta.
Arrumar o guarda-roupa? Gizelly tenta.

Quando ela tem que sair mais cedo e eu penso que vou poder varrer a casa? Tem uma Thaylise já varrendo.

As vezes tem um Victor fazendo café da manhã e um Calil aqui me contando piadas.

Eu tive que me acostumar podendo acordar com um conhecido ou um desconhecido ali embaixo.

Dreicon vem até com frequência me ajudar com as crianças.

Nosso menino, Jackie é mais birrento. Dificuldade para dormir? Pode apostar, ele tem! Se chora por tudo? Sei que é um bebê, mas chora. Faz manha até na hora de dormir.

A única que consegue acalmar ele é a Gi, que nunca está em casa por conta do trabalho e do treino pesado.

Já nossa menina Sofia? Ela só sabe dormir. Sério, as vezes até tento sacudir ela para ver se está viva! É hilário. Nunca me senti tão feliz na vida. Gizelly tem dado tudo de si e eu sou tão grata.

-Está feliz? -Questionou Victor, enquanto cortava alguns legumes.

-Estou feliz demais! -Falei vidrada em olhar meu menino em meu colo. Ele resmungava baixinho.

-Esse daí é o garotinho da Gi né? Ele ama ficar encarando os olhos escuros da mulher -Ele brincou e eu concordei.

-Claro, ele é birrento como ela! Uma miniatura da Gi aqui -Falei enquanto a criança soltava uma risadinha -E olha só, ele ainda concorda! -Rimos.

Tudo tem sido tão perfeito. Claro, são noites sem dormir, são manhãs tentando ensinar as vezes Gi ou Victor a trocarem faldras.

É Gi correndo de trás de médicos, preocupada com as vacinas. Ela é super protetora e fica super sexy concentrada nos deveres.

-Enfim, vou amamentar -Avisei Victor, após o bebê se contorcer e fazer uma carinha de choro.

-Certo, mas faça isso longe de mim. Eu fico excitado -Deu uma risadinha maliciosa e eu revirei os olhos.

-Você é brincadeira! -Neguei, caminhando até o sofá e me sentando. -Vamos nos alimentar? -Já estava virando rotina me comunicar com os bebês.

Abri meu sutiã, tirando o peito e logo sentindo ele ser preenchido pela boca do meu garotinho. No início estava insegura, não sabia como fazer isso.

Mas o que Gi fez? Tentou aumentar minha autoestima e vendo que falhava miseravelmente, ligou face time para sua mãe e tia Selma me deu uma aula. Palavras para definir isso? I n c r í v e l.

Fiquei distraída, fazendo um leve carinho nas costas do pequeno que tinha os olhinhos fechados. Ele era a cara de Gizelly. Meio contraditório dizer isso sendo que são gêmeos? Eu diria que são realmente babys Girafa.

Eles tem misturas nossas, o cabelo de longe já se vê que são meus, mas os olhos são de Gizelly. Grandes e escuros. Intimidadores em um futuro.

-Amooor! -Escutei a voz doce de Gi e subi o olhar para a mulher que chegava. Aquele seu terninho a deixava tão sexy.

-Olha quem chegou! A mamãe -Victor afinou sua voz, com nossa menina no colo.

-Estava contando as horas para ver vocês, minhas gracinhas -Beijou a testa da nossa pequena, agarrando ela no colo.

-Você tava com saudade da mamãe? Tava? -Meus olhos brilhavam sempre que eu via a forma que ela interagia com nossos filhotes. E finalmente quando seu olhar encontrou o meu, ela abriu um sorriso. -Ta mas e minha mulher? Sentiu saudades? -caminhou até mim

You are my best part- Girafa (G!P) ADAPTAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora