Meu destino sempre foi você...

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"Pois, para o amor verdadeiro, a eternidade é bem mais que um simples detalhe... Pois, o meu destino sempre foi você, até mesmo quando tentei fugir de tudo aquilo que me liga a você"...

A noite estava mais do que perfeita, a palidez da lua se misturava com a de uma bela ruiva que parecia flutuar enquanto andava envolta em um vestido azul escuro da cor do céu. Seus cabelos ruivos desciam até a metade de suas costas nuas, que pareciam macias e alvas como as teclas de um piano. Seus olhos eram negros como a escuridão de uma noite sem lua, neles havia o brilho do sol, que servia para iluminar a lua, a tornando um pouco mais brilhante. Entretanto havia muita tristeza naqueles olhos, que como dois faróis iluminavam a noite, bem mais do que a lua cheia no céu. Seus lábios pintados de vermelhos, de uns três tons bem mais escuros que o tom de seus cabelos ondulados como as ondas do mar. Seus lábios eram delicados e levemente carnudos como uma manga madura prestes a ser saboreada. A tez de sua pele era branca como o marfim, entretanto algumas marcas em seu rosto revelavam que a mesma, um dia já teve o corpo dourado, beijado pelo sol, e acariciado pela luz de um dia que parecia não ter fim. Mas que agora já não via mais a luz do dia há meses, ou melhor dizendo anos, pelo modo como a sua pele parecia branca, e veias azuis saltavam de seus braços, de um modo delicado. A ruiva misteriosa caminhava com a graça de uma garça real no meio de pássaros vulgares no pequeno barzinho onde estava a procura de uma nova distração, que a fizesse se esquecer, nem que fosse por alguns inatantes, de quem ela realmente era. Seu rosto era tão perfeito e delicado, que mais parecia uma pintura renascentista, seu corpo era uma escultura, pelo qual todos os homens dali, queriam passar os dedos, do mais ousado, ao mais tímido. Entretanto nenhum deles tinha coragem de se aproximar daquele monumento de mulher, que era aquela ruiva espetacular, que mais parecia a estátua de uma deusa pagã, ou quem sabe, um anjo caído, de tão bela, do que, uma simples mulher, caminhando sobre a Terra. Sentada em uma mesa reservada, sozinha, a ruiva não bebia nada, nem mesmo um copo de água, suas pernas cruzadas, davam a visão de um pelo par de coxas roliças e aparentemente macias, como a pele de um caju, seus seios estavam meio cobertos demais, quase como os de uma noviça, entretanto suas costas estavam a mostra, ela eatava sem sutiã, e o vestido era apertado o suficiente, para provocar a imaginação de homens, e de mulheres, também.

A ruiva parecia querer ficar sozinha, ela continuava muda, sem querer chamar a atenção de ninguém, como se aquilo fosse possível. Ela era tão linda, que todos os homens dali pareciam ter medo de se apeoximar dela, pois, de certa forma, a beleza também intimidava as pessoas, de preferência as mais tímidas e acanhadas. Mas a ruiva não ficou sozinha por muito tempo, logo um rapaz de uma beleza tão avassaladora quanto ela também surgiu naquele barzinho, seus pés flutuavam como os dela, ele se vestia com uma elegância mais do que invomum, seus cabelos bem penteados para trás, seus olhos a primeira vista pareciam frios, e distantes, com um ar quase superior aquele lugar, e aquelas pessoas comuns e simples. Uma camisa de seda branca, com os primeiros dois botões abertos, faziam muitos ali suspirarem de paixão, sua calça preta um pouco apertada em seus quadris estreitos, opostoa aos da ruiva misteriosa e sedutora, que eram arredondados. Os lábios dele eram quase uma linha fina, tão bem feitos, masculinos, que mais parecia talhados a canivete em seu rosto igualmente belo. Ele era um convite ao pecado e ao prazer, seu corpo era um paraíso, com as tormentas do interno e as regalias do céu.

Ao ver a ruiva, as duas taças, do que parecia ser vinho tiveram um significado todo especial, pois, ele foi o único que teve coragem de se aproximar dela. Seus olhos se conectaram aos dela numa explosão de cores e fogos de artifício, que somente os dois podiam ver e sentir, como se, de muitas maneiras, suas almas estivessem conectadas, e destinadas a ficar juntas, para todo o sempre. A pele da ruiva se arrepiou ao sentir o olhar intenso daquele moreno com pele de mármore, cabelos de ébano, e sorriso maroto, e convencido, como o de um tigre a espreitar a sua caça. Aquele sorriso, que sempre aquecia a sua pele, apesar do frio que percorria o seu ser e gelava a sua alma, lentamente, desde que ela o viu pela primeira vez há uns duzentos anos, deicando de ser a garota doce, que outrora ela foi um dia, para se tornar o mesmo que ele, uma assassina, uma caçadora, a busca da próxima vítima, para continuar existindo, já que viva mesmo, ela já não era faz tempo.

A ruiva foi de encontro ao homem que chamou a sua atenção, parecia que todo o resto diante dele não existia mais, e tudo começou a rodar em câmera lenta diante dos olhos dos dois. Ela pegou uma das taças das mãos dele, sorvendo o líquido da mesma muito lentamente, uma gota ficou em seus lábios, e antes que ela pudesse se dar conta, o mesmo a beijou lambendo aquela gotinha vermelha, que parecia uma tentação em seus lábios pintados de carmim. Eles não ficaram ali por muito tempo, pois, seus corpos estavam sedentos um pelo outro, se pertenciam por inteiro, por mais que tentassem negar isso, principalmente para si mesmos. Em uma linda praia, onde o mar e a lua pareviam se encostar, a ruiva deu um tapa estalado no moreno, que riu daquilo e a beijou até deixa - lá quase sem ar, para se afastar em seguida, ainda com sua taça em mãos, bebendo de uma vez, o líquido vermelho e meio viscoso que havia dentro dela.

- Também senti a sua falta Roberta, bem mais do que eu gostaria de admitir, meu amor, minha rai - O rosto dela era uma máscara fria de cinismo e deboche - E também sei que sentiu a minha falta, do contrário, não estaria no local onde te fiz minha pela primeira vez, em todos os sentidos, se é que você me entende.

- Você deveria estar com a sua namoradinha, a tal da Vick, e não aqui, buscando por mim, Diego, ou será que... - Se aproxima de Diego, roçando de leve o seu corpo dele, o fazendo soltar um leve gemido, de dor e prazer, ao mesmo tempo - Será ue ela não foi capaz de te dar o prazer, que só eu posso te proporcionar?

- O seu cheiro me deixa louco, desde que o senti pela primeira vez, o seu sangue tem um gosto que me deixa mais do que embriagado - Nisso seus caninos crescem por alguns instantes, para depois voltarem ao tamanho normal - Por isso, a quis só para mim, tentei me afastar de você, para não te transformar no mesmo que eu, mas o meu desejo - A enlaça pela cintura, jogando sua taça de lado, a mirando bem nos olhos - O desejo que sentia e ainda sinto por você, foi mil vezes maior do que o meu bom senso, o que me me fez te querer como minha, para todo o sempre e sabe por que? Porque, eu te amo, e busquei em Victória e em tantas outras, o que apenas tive com você, amor....

- Diego, eu não sei se devo, posso, ou quero acreditar em você - Coloca seus braços ao redor do pescoço de Diego, com seus lábios, quase colados aos dele, de tão próximos, que estavam, naquele momento - Mas pelo menos por essa noite, eu serei sua... Porque também te amo... Te amo para todo o sempre, até porque, para o amor verdadeiro, a eternidade é bem mais que um detalhe, Pois, o meu destino sempre foi você, até mesmo quando tentei fugir de tudo aquilo que me liga a você...Dieguinho, porque te amar, é o meu maior prazer e também, o que mais me faz sofrer, porque pertenço a ti, e você pertece a mim, e isso, Diego, é para sempre.

- Ah, Roberta... Meu único e verdadeiro amor... Meu maior pecado e tentação - Os olhos de ambos ficam ainda mais escuros, pelo desejo, que eles estavam sentindo, naquele momento - Minha única dona... Minha eterna namorada... Minha... Somente minha... Assim, como, eu sou somente teu...

E assim o beija, sentindo um gosto de sangue nos lábios dele... Sangue esse, que era dela e dele também, em uma explosão de um tal sentimento, que muitos chamam de amor, mas que eles conheciam como desejo e dor, no mais íntimo de seus corações, que já nem batiam mais, dentro de seus peitos frios e sem vida. Pois, o presente das trevas dá e tira na mesma medida... Principalmente quando o destino teima em juntar duas almas alquebradas, que sozinhas, mal valem menos da metade de uma...

RBD: One - ShotsOnde histórias criam vida. Descubra agora