Se eu fosse você...

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"O nosso amor, ele ainda continua aqui dentro do meu coração, apesar de tudo e todos, que ficaram entre nós, my butterfly"...

Roberta e Mia estavam casadas há uns quatro anos, no começo tudo era lindo, como num magnífico conto de fadas, só que a rotina meio que começou a fazer o relacionamento de ambos esfriar um pouco. A relação dela estava tão fria, que nem nem mesmo se suportavam mais, e viviam a trocar farpas, como bo início do namoro conturbado delas no Elite Way, quando a banda RBD ainda existia, bem antes do Miguel se casar com a Lupita, o Giovani finalmente se acertar com a Vick e o Diego enfrentar a família, em especial o seu pai, para se casar com a Paola, apesar do passado dela, como garota de programa de luxo. Só que as farpas entre Roberta e Mia estavam ainda piores do que no início do namoro das duas, que assim que se conheceram, de cara se odiaram, ainda mais levando em conta que na época Roberta tinha uma namorada, Josy, e Mia nem em seus piores pesadelos, desejava sair do armário, assumindo para todos, sua verdadeira sexualidade. O que mudou bastante quando a mãe de Roberta e o pai dr Mia se casaram, e depois de muitas idas e vindas, Roberta e Mia finalmente se casaram, apesar de todo o preconceito e tudo mais, que elas tiveram de enfrentar, antes de finalmente, conseguirem se casar, pelo menos, no civil, já que na igreja, estava meio que fora de cogitação.

Mia bem que queria se casar na igreja com um vestido criado exclusivamente pelo seu tio, Carlo Colucci, mas infelizmente isso não aconteceu. O que não a impediu de usar o vestido que ela tanto queria, no dia mais importante de sua vida, quando ela se casou com quem mais amava, e também a pessoa mais improvável possível, Roberta Reverte Rey. No início Roberta pensava ser filha de um homem chamado Antonio Pardo, mas na verdade, isso era mentira, e quando tudo veio a tona. Quando Roberta, por fim descobriu que o seu verdadeiro pai, era na verdade, Martin Reverte, Mia esteve ao seu lado, e vice versa, quando a loira encontrou a sua mãe biológica pela primeira vez, descobrindo que a mesma não havia morrido, como ela acreditou durante a sua vida toda. Mia e Roberta estiveram juntas, nos melhores e também nos piores momentos de sua vida. Mas as coisas agora eram diferentes, ambas tinham ambições diferentes na vida, Mia queria ter filhos, naturais, ou até mesmo adotados, mas Roberta não, levando em conta que a ruiva queria alavancar sua carreira como produtora musical e cantora, e desejando que Mia fizesse a mesma coisa, com relação aos negócios de seu pai, Franco Colucci, além de focar mais na sua própria carreira musical, que não estava indo nada mal.

- Poxa, Roberta, nós estamos casadas há quatro anos - Ambas estavam jantando, e em silêncio até alguns minutos, sem nenhum assunto em comum, para ser falado na mesa de jantar, como sempre acontecia, nos primeiros meses, logo após, o casamento das duas, há uns quatro anos - É natural que tenhamos filhos, você não acha? Olha, até a sua mãe e o meu pai convordam com isso, Roberta - Suspira - E como você bem sabe, eles quase nunca concordam em absolutamente nada, mesmo se amando muito, tanto quanto, você e eu, minha ruivinha.

- Eu não quero ter filhos, não estou preparada para isso, e você sabe muito bem disso, Mia - Solta os talheres na mesa - Quero progredir na minha carreira e ser levada a sério, numa profissão, que muitos pensam, que é exclusiva para homens, e um filho agora, nessa altura do campeonato, só iria estragar tudo, todos os meus planos.

- As vezes parece, que o nosso casamento foi um erro, o maior de todos os nossos equívocos, levando em conta que... - Respira bem fundo, antes de continuar - Que temos metas de vida, bem diferentes, Roberta, nem de my butterfly, você me chama mais, como no início do nosso namoro, uma que, nada mais é do que, uma prova irrefutável de que, o nosso cassmento já deu o que tinha de dar, e em todos os sentidos.

- Pelo visto você voltou a ser a menininha mimada que eu conheci no Elite Way - A ruiva revira os olhos, de tédio, e a loira bufa, de raiva e indignação - Uma patricinha, a Barbie, chata e egocêntrica de sempre, fala sério, vê se evolui um pouco, e usa os dois únicos neurônios que você ainda tem, o Tico e o Teco, para repensar essa sua ideia absurda, de ter filhos.

- Ah Roberta, você nem imagina o que eu estou sentindo agora - Nisso ambas se entrolham e dizem em uníssono, a frase - Se eu fosse você...

No dia seguinte, tanto Mia, quanto Roberta acordaram um pouco diferentes, sem o porquê, até se virem frente a frente, e acabarem percebendo, o inimaginável. Que ambas haviam trocado de corpos, de alguma maneira, que nenhuma delas, sabia explicar ao certo.

- Não acredito que eu estou bo seu corpo, Mia - Começa Roberta, um pouco tensa - Isso não poderia acontecer, justo hoje que tenho um trabalho tão importante, mas que droga! Mas que inferno!

- Também tenho im contrato muito importante para assinar - Diz ela, meio cínica - E quer saber do que mais? Acho ótima essa troca de corpos, assim você perceber o quão difícil é ser eu.

- Isso é o que vamos ver - Diz Roberta desafiante - Mesmo porque, bem mais difícil do que ser você, é ser eu, minha queridinha.

- Okay - Diz Mia no mesmo tom desafiante, suas vozes também haviam sido trocadas - Que vença a melhor de nós duas, Roberta, ou melhor dizendo, Mia.

Tudo acabou dando certo para as duas, apesar da troca de corpos, mas uma semana depois, o relacionamento das duas voltou a esquentar, e a ficar ainda mais picante. Mas havia um porém, ambas queriam voltar aos seus corpos normais, só não sabiam como.

- Eu te amo Mia - Começa Roberta, ambas estão na cama, depois de umas duas horas fazendo amor - Te amo de verdade, mad quero estar no meu corpo de novo.

- Eu também te amo, Roberta, e mais do que nunca quero ser eu de novo, só que, bem... - Fica meio envergonhada, do nada - Tenho medo que depois que a gente voltar a ser, o que éramos, tipo nós mesmas - Desvia seus olhos dos dela - A gente volte a brigar de novo, como antes da troca.

- A gente não vai brigar mais, e sabe por que? - Ergue o queixo dela com as pontas dos dedos - Porque, eu descobri que posso ser bem sucedida na minha carreira, e ao mesmo tempo ter a família que tanto sonhamos, antes do casamento, my butterfly.

- Roberta - Diz emocionada, encarando os lábios de sua amada, em êxtase - Você me chamou de my butterfly...

- Sim, eu sei, Mia, e sabe o porquê, eu te chamei assim? - sorri - Porque, eu percebi que, o nosso amor, ele ainda continua aqui dentro do meu coração, apesar de tudo e todos, que ficaram entre nós, my butterfly.

- Ah Roberta - Começa a beijar o rosto dela, com amor - Eu te amo tanto...

- Não mais do que eu - A deita na cama, ficando sobre ela, a mirando bem nos olhos - My butterfly...

Nisso ambas se beijam, e no meio desse beijo, elas acabam destrocando de corpos, e fazendo amor como nunca fizeram antes. Pois, o amor entre as duas, era maior do que tudo, até mesmo do que todas as suas diferenças, e tudo mais, que fosse contra aquele sentimento, tão puro, e verdadeiro...

RBD: One - ShotsOnde histórias criam vida. Descubra agora