No reino de Paris em 1730 o duque e a duquesa Gray estão a espera do nascimento de seu primeiro filho. Ao nascer a pequena Cristal, herdeira de todo poder de sua família, os rumores começam a tomar conta do reino, a menina de pele branca, cabelos e...
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Os galhos da floresta passavam por minha pele e rosto e arranhava, mas o frio não me permitia sentir muito a dor mais quando o vento batia certeiro ardia muito. Não sei por quanto tempo estava a cavalgar por dentro dessa Floresta mal conseguia ficar de olho aberto
O frio aqui era muito o inverno aqui parecia nunca ter acabado, diminuir a velocidade do cavalo e me pôr reta em cima dele.
— Não estou a reconhecer esse lugar —
Continuei cavalgando e olhando para todos os lados não fazia ideia se ainda estava perto do reino. Meus olhos ardiam o que dificultava um pouco minha visão e foi quando vi um homem caído no chão sua roupa coberta pelo sangue, seus olhos ainda abertos e uma espada suja de sangue em suas mãos
Não pensei duas vezes antes de descer do cavalo e me aproximar, confirmei que o homem estava morto e peguei sua espada e procurei por mais algum armamento, e achei uma espada menor
— Obrigada por essa ajuda…— voltei para o cavalo
Cavalguei para longe daquele homem mais fiquei atenta a floresta, não sabia quem ou o que havia atacado aquele homem, o cavalo estava a fica agitado mais continuei seguindo em frente
Ao longe avistei algumas casinhas mas decidi ir por outro lado, estava já a sentir fome e sede eu não sabia o que fazer, não sabia para onde ir e em que direção ir. O medo estava querendo toma conta mais tentei ser forte pra seguir em frente, se fosse para morrer queria ver tia jade e meu irmão pela última vez, era por eles que estava a ser forte
Não via mais as casas e creio que já estou a uma hora de distância das pequenas casas juntas, minha barriga estava a doer de fome e minha garganta estava a cortar de seca pela sede, não achei que ficaria perdida e a vontade de sair de lá me impediu de pegar algo para comer e beber
— Como pude cometer tal erro…já fui mais sabia que isso — massageio minha cabeça com uma das mãos e é quando escuto um barulho de metal e patas de cavalo
Me ponho em alerta e é quando vejo três homem bem vestidos vindo com seus cavalos negros, acelerei o movimento do meu cavalo e pude perceber que eles notaram minha presença pois a conversa que estavam tendo foi sesada e as calvalgadas aceleradas
Escutei os cavalos dos mesmos se aproximar de mim e um deles grita para que eu pare pois eles querem conversar, claro que não confiaria neles, sou uma mulher em cima de um cavalo no meio de uma floresta onde nenhuma pessoa é vista
— É melhor para senhorita!! — o homem gritou e foi quando o sentir perto de mais e acelerei, aquilo foi como um gatilho para uma memória do passado volta a tona
~memória on-
Cavalgava o mais rápido que podia por meio da cidade, roubei o cavalo dos meus seqüestradores depois de um momento de distração.
Meu rosto estava ferido e todo meu corpo doendo, mas não desisti precisava chegar ao palácio onde estaria segura não entendia como os guardas que a rainha mandou para me proteger foram capazes de deixar alguém invadir minha casa enquanto estava sem a presença de meus pais comigo .
Isso estava errado e eu iria descobrir pois não aguentava mais passar por isso, estava a odiar todos os soldados que eram mandados para me proteger que deixavam essas pessoas chegarem perto de mim, por pouco não tive meu corpo tocado por homens asquerosos e nojentos, não aguentaria se eles tivessem tocado em mim, preferia morrer do que ter minha honra tirada de mim por homens tão nojentos e repugnante.
-É MELHOR PARA ESSE CAVALO SUA FEITICEIRA MALDITA!- o homem que vinha atrás de mim gritou
Em meio às lágrimas e o medo acelerei o cavalo sentindo o pânico daquele momento fazer minhas mãos tremerem, o medo de ser tocada, de ser machucada mais uma vez por não ter feito nada, o ódio que mostravam ter de mim, a vontade de me queimar viva. Não! Eu não podia aceitar mais isso estava cansada de tanta injustiça contra mim
Impulsionei o cavalo para ir mais rápido entrei em uma estrada do vilarejo e pude finalmente ver o palácio ao longe um sorriso completamente assustado veio ao meus lábios. Fui em direção ao palácio, soltei as rédeas e comecei a fazer sinal com os braços para que abrissem os portões e assim foi feito. O portão se abriu e entrei em uma velocidade menor que antes, pulei do cavalo em movimentos torcendo meu pé,mas corri para dentro do palácio
-TIA JANE!- gritei em meio ao choro correndo pelo corredor do Palácio mancando e trombando nas paredes de pedra, cheguei a sala do trono onde a rainha já vinha em minha direção com semblante preocupado e assustado
Eu não pude conter minha felicidade ao ver minha tia, sentir minha visão ficando escura quando ela se aproximava de mim e tudo se tornando escuro e sua voz baixa
~memória off~
— Pare esse cavalo! — fui tirada das minhas memórias com um toque em meu braço
Sem pensar duas vezes puxei a espada que estava comigo cortando diretamente o braço do homem que caiu ao chão gritando enquanto os outros dois vinham atrás de mim, agora com semblante de raiva
Acelerei o quanto pude, mas lá estavam eles dois ao meu lado tentando me derrubar, segurei firme a espada acertando a espada do homem que tentou me acertar, estava em uma luta e eles perceberam que eu sabia manejar muito bem uma espada
Por pura sorte conseguir corta a rédia de um dos cavalos fazendo o homem se desequilibra e quase caí do cavalo, as nossas velocidade estavam altas e isso fazia com que o manejo da espada fosse difícil para mim
Mas isso não foi o importante, quando olhei para frente me assustei com o barranco, tentei para o cavalo mais foi em vão, o cara acertou meu braço fazendo um corte me fazendo gritar o cavalo me jogou para frente e cai saindo embolando e a única coisa que pude ver foi o céu, depois o homem acima do barranco me olhando e foi aí que percebi que estava caindo
Senti o impacto da água bater em minha costas me fazendo fechar os olhos e tapar a respiração sentindo a água fria tomar todo meu corpo, tentei nada para cima mais todo meu corpo doía.
