Andei até minha aldeia, precisava saber como estava.
Me alimentei durante o caminho, encontrei pessoas que costumava conversar, elas me olham como se não acreditassem.
Ao chegar na entrada, não hesito em correr até minha casa, onde eu e minha mãe seguramos os invasores sem pensar duas vezes, uma marca de sangue estava no chão mas o corpo dela tinha sumido. Minha casa continuava intacta graças aos feitiços de Lasky, entrei e assim que olhei em volta desabei em choro, sentia tanta falta dela, não precisava ter sido assim. O que eu faria agora?Troquei de roupa, tomei um banho e comi, era estranho fazer tudo isso em casa e sem minha mãe.
Fui pra fora um pouco, minha aldeia agora tinha poucas pessoas, as casas estavam quase todas destruídas, aqueles que eu conhecia tinham ido embora. Uma mulher, pouco mais nova que Lasky parou ao meu lado sem que eu visse, era uma conhecida de minha mãe, morava quase no fim do lugar, seu filho foi levado aquele dia.
_ Eu a enterrei. _ ela disse, sneti meus lábios se contraindo._ Vamos, vou te levar lá.
Não hesitei em ir, mas não passava pela minha cabeça o por quê que ela enterrou minha mãe.
Seguimos até o fim da aldeia, entramos na floresta e subimos um morro bem alto. No final dele batia sol sem parar, tinha um amanhecer lindo e um por do sol encantador também, Lasky amava tomar sol, adorava o calor e seus olhos ficavam tão lindos refletindo. No final do morro, no ponto mais alto, havia uma cruz, minha mãe não acreditava muito no criacionismo, mas não questionei o objeto já que marcava o lugar que agora ela descansava.
Com meu poder fomei um buquê de flores amarelas do jeito que gostava.
Olhei para a mulher que eu nem sabia o nome.
_ Como você se chama? _ Perguntei.
_ Violett.
_ Eu agradeço imensamente o que fez, mas ainda estou curiosa do porque fez isso.
_ Lasky foi uma ótima mulher, eu vi o que fizeram quando os soldados de Kludd chegaram, se eu estivesse no seu lugar, ia querer que alguém fizesse isso pela minha mãe.
Fiquei sem palavras, mas senti as lágrimas enchendo meus olhos mas não deixei que caíssem._ Eu queria saber_ ela continuou_ como está meu filho.
Eu fiquei pior ainda, todas aquelas pessoas que foram capturadas, eu não encontrei nenhuma se quer.
_ Eu sinto muito mas não estive com seu filho, não fiquei com ninguém que foi comigo.
O brilho no olhar dela sumiu completamente.
Voltamos para a aldeia e eu só queria minha cama, dormi o resto do dia.O tempo passou e eu não me deixei cair em depressão, no outro dia fui caçar o que fazer. Andei pela floresta e peguei alguns animais pequenos, vendi uma parte e a outra dividi entre Violett e eu.
Fiz isso durante um bom tempo, mas depois os animais começaram a sumir devido a época do ano, tive que adentrar mais a floresta. Com o dinheiro que ganhava, eu abastecia a casa e comecei a investir em armas de nova tecnologia, eu trabalhava com meu cajado mas isso me cansava então armas de precisão me ajudaram muito, com o tempo adquiri um bom arsenal.Passar meus aniversários sozinha era a pior parte, todo ano eu ia até a lápide de minha mãe e ficava lá por horas. Completei 20 anos e nunca parei de treinar ou estudar, amadureci tanto de poder e mente como de corpo, atingi 1,80 de altura os 18 anos e não cresci mais que isso.
Comecei a frequentar as aldeias maiores para fins comerciais, vendia peles e carne. Me sentia desperdiçada de alguma maneira, acho que não era isso que eu queria pra mim. Viver escondida se tornou fácil, mesmo após anos eu continuava com medo de que me sequestrassem novamente, bom, mas talvez eu realmente fosse um desperdício em vários sentidos.A guerra continuava, dessa vez o objetivo era outro, ver quem descobria como atravessar os mundos primeiro. Surgiu uma teoria com o tempo, as sacerdotisas acreditam que existem 26 mundos diferentes um sobre o outro, algumas pessoas sabiam como, eram os feiticeiros mais experientes e eles estavam se escondendo dos reis. A Rainha Nyra teve a brilhante ideia de usar seus animais mais perigosos para atacar o povo do Rei Kludd e capturar os feiticeiros que sabem atravessar mundos conectados, mas ela é tão burra que não previu que os monstros atacariam o povo do seu lado também.
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Corte de Amor e Caos - Azriel
Fiksi PenggemarEstava frio, me sentia como se tivesse sido afogada em um lago congelado. Em um minuto eu estava fugindo _ouvindo tiros de uma guerra antiga que parecia que nunca ia acabar, o desespero tomou conta de mim e eu deixei tudo para trás. A única coisa q...