CAPÍTULO III | QUEBRA-CABEÇA

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Já era de manhã e as dúvidas não paravam de chegar para aqueles que observavam a cena do crime: sangue, vísceras, enigmas... Tudo soava como mais um de seus jogos doentios, no qual a policial local e até os detetives contratados não conseguiam desvendar.

A cena era óbvia vindo do serial killer. Um corpo partido ao meio, expondo sangue, vísceras e o cheiro da morte. O outro teve o destino menos bruto, sendo apenas um jovem enforcado à morte.

- Nossa, que porra é essa? Já é o sexto caso e nem passou dois meses! - Iniciou um dos detetives presentes, deixando claro sua indignação com a falta de pistas. - Como ele teve tempo para preparar tudo isso? Ainda mais dinheiro?

O homem em desgosto chamava-se Braz Duarte, e usava um terno leve para a ocasião, por mais que as circunstâncias do local ao seu redor fossem perturbadoras. Era de idade madura, chegando aos seus 40 anos, deixando as rugas visíveis por conta de sua pele branca e suada pelo calor do dia que estava fazendo. Os cabelos do homem eram negros, tão como sua mente perdida nesse caso, assim como o castanho de seus olhos também quase apagados pela escuridão.

- Detetive Duarte, acho que esse imitador de Jigsaw tem mais truques do que imaginávamos. De fato, o senhor está correto, quem estamos procurando não é um simples copycat. - Continuou outro detetive, sendo esse mais novo que o anterior, tendo as características opostas.

Este era Júlio Gomes, um profissional em seu primeiro caso como investigador, tendo 23 anos e com uma aparência mais caprichada que seu colega. Sua pele era negra, combinando com o sombrio de seu cabelo e olhos. O jovem também estava de terno, e apesar de inquietado com o crime, ele conseguia desfaçar e posar sério para os envolvidos.

Um pouco distante, uma pessoa acabara de vim com um carro preto para o local parando-o afrente da casa, onde policiais e poucos da mídia estavam. Ao abrir a porta, um sapato de salto alto pisou sobre a terra do terreno, já deixando claro suas intenções de adentrar naquele caso.

Na entrada da cena do crime, um policial a avistou, logo informando sua presença aos detetives, de forma inusitada:

- A chefona de vocês chegou! - Disse ele, tendo sua risada em misto com as deles.

O policial já era conhecido deles, visto a ajuda e disposição que ele oferecia a justiça. Fardado e precavido, Diego Bentes era um policial experiente de seu ramo. Mesmo que tivesse seus 34 anos, ele demostrava uma pequena graça em sua personalidade, deixando-o como uma boa companhia. Ele tinha a pele parda, tendo o mesmo cabelo e olhos de Júlio, um dos seus melhores amigos.

- Eu ouvi isso, policial Bentes. - Logo, a mulher entrou no local, estampando seu tom sério e frio. - O senhor não deveria estar com sua esposa e filho? Creio que dado a onda de crimes desse merda de imitador, seria melhor ficar do lado de quem ama.

A mulher que soava tão intimidadora era a mais dedicada de lá, já conhecendo os envolvidos bem antes de conhecê-los. Ela tinha um cabelo curto ruivo, estilo chanel. Branca, de olhos castanhos e usava de uma roupa bem formal, sendo uma camisa branca, um casaco leve preto por cima. Por baixo, vestia uma calça um pouco justa, com salto alto.

- Voltando ao assunto, encontraram algo perto do pastor ou dos meninos? - A detetive caminhou pelo lugar, observando-o.

O policial supresso, questionou-a:

- Como você sabe disso? Nós ainda...

A moça interrompeu, dizendo:

- Um detetive tem seus informantes, senhor Bentes, aliás esse caso pode ser o mais complexo de nossas carreias.

- Como assim "complexo"? - Questionou o mais novo dos seus colegas.

- Esse imitador é diferente de Brad Halloran e Willian Schenk. - A mulher novamente encarou o cenário, dando um leve suspiro. - Seja quem for, o modus operanti dele é similar com os de Mark Hoffman, Amanda Young e um pouco do Brad Halloran, talvez. Isso está chamando atenção das autoridades estrangeiras, onde os crimes aconteceram.

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