Gage Anders, part. 2

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[...]

Meses depois daquele dia na minha casa, eu fui convidada a ir para a Base Avançada de Operações Heathrow. Iriam fazer a comemoração anual pela vitória de anos atrás e, como de costume, me chamaram.

No primeiro ano eu não fui, não conseguia voltar àquele lugar ainda. Mas no ano passado eu fiz um esforço e acabei indo. Cá estou de novo.
O esquadrão J sempre faz uma festa legal nesse dia. O meu esquadrão.

(...)

Chego na base e o sargento Farell me acompanha até os aposentos do antigo esquadrão J. Vou conversando com ele até lá, mas quando estamos quase na porta escuto uma voz que pensava que não escutaria pelo resto da minha vida.
Olho para o sargento que está sorrindo. Aperto o passo até onde eu queria chegar e então o vejo de costas. Ele mesmo, de pé, ali na minha frente.

Asterin: Gage?

Ele se vira. Não, não é possível. Eu o vi morrer. Mas agora ele está aqui. Tão lindo quanto eu lembrava.

Gage: amor...

Começo a chorar e no mesmo instante corro para os braços dele. Eu o abraço com muita força. Ele ainda usa o mesmo perfume. Mas como? Depois de quase 3 anos. Como ele está aqui agora?
Me afasto dele, coloco as mãos em seu pescoço e o olho confusa.

Asterin: como?

Gage: eu não sou o melhor pra explicar isso.

Nance: deixa que falo! - me viro para ela, mas sem soltar Gage - depois que todos saíram daquela desgraça de campo de batalha,  alguns enfermeiros voltaram no lugar para verificar se existia sobreviventes. Pra resumir bem, o coração do Gage tinha parado por uns minutos, mas voltou depois. Eles notaram e o resgataram. Levaram ele pra uma clínica particular, na qual ele ficou por um ano e meio em coma. E o outro ano, depois que saiu do coma, ele ficou em observação.

Asterin: você está acordado por um ano e não me procurou? - digo olhando para ele.

Gage: amor, não me deixaram ver você. - nessa hora, o pessoal começou a sair, sabiam que a gente precisava daquele tempo - Eu literalmente fiquei preso naquela clínica até eles decidirem que eu estava bem para sair. Eu tentei te procurar de todas as formas possíveis. Eu quase fugi daquele lugar. Mas então eu cedi. Fiquei lá até me liberarem.

Asterin: eu... Ainda não acredito que tá aqui. Eu te vi morrer. Você estava na minha frente atravessado por um braço daquelas coisas. E no dia seguinte quando eu voltei pra batalha final, seu corpo nem estava mais lá.

Gage: sei que é difícil acreditar, mas agora eu tô aqui - ele segura meu rosto e cola a testa na minha.

Asterin: eu esperei esse momento a minha vida inteira - coloco a mão em cima da sua que estava no meu pescoço, e então ele sente o anel.

Gage: você ainda usa... - ele se separa minimamente de mim para olhar para a minha mão.

Asterin: eu nunca tirei. É a nossa aliança de casamento, lembra?

Gage: é claro que sim. Mas a gente ainda vai ter um casamento digno.

Asterin: é? - digo sorrindo.

Gage: se for preciso eu saio daqui agora pra casar com você.

Asterin: eu te amo tanto.

Gage: eu te amo mais.

E finalmente, a gente se beijou. Eu não sabia o quanto sentia falta desse beijo, até ter de novo.
A gente se separou e foi procurar o resto das pessoas. Aquela foi a melhor festa da minha vida. Depois do meu casamento, óbvio. Pois é. Seis meses depois e eu estou aqui no altar.

Pastor: Asterin Haydee, você aceita Gage Anders como seu legítimo esposo?

Asterin: aceito!

Pastor: Gage Andres, você aceita Asterin Haydee como sua legítima esposa?

Gage: aceito! Sem sombra de dúvidas.

Pastor: então, eu os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva.

E assim ele fez. O beijo mais verdadeiro da minha vida. E o melhor dia da minha vida também. No final da festa eu joguei o buquê, e adivinhem quem pegou... Nance. Ela mesma. E a reação dela?

Nance: eu não, gente! Não pedi por isso, eoem.

E deu o buquê para Sarah, que estava do lado dela.

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