~Capitulo 7~

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Any Gabrielly

- Abre a porta! - Novamente tirei a mão de Sabina da minha boca e susurrei pra ela, minha voz mal saia e eu estava quase chorando e morrendo de medo.

- Tá maluca? Só cala a boca. - Manda e eles começaram a gritar ainda mais alto e bater com força na porta.

- Vão matar a gente. - Falei baixo comigo mesma andando de um lado para o outro no quarto enquanto roia minhas unhas. Sabina colocou as mãos nos meus ombros me fazendo parar e olhou no fundo dos meus olhos.

- Não vai acontecer nada. - Falou baixo para mim. - Se acalma. - Me soltou e ficamos por alguns segundo em silêncio enquanto os homens ainda gritavam mandando a gente abrir a porta, eu só queria ir embora agora.

Olhei pelo seu quarto e a melhor opção que achei para tentar me salvar de uma possível morte foi me esconder debaixo da cama, é um péssimo esconderijo mas é tudo que tenho pra agora. Sabina veio atrás de mim e eu cheguei um pouco para o lado pra ela conseguir se esconder também.

- É sério isso Any? - Falou baixo para mim.

- Claro..e eu quero ir embora. - Falei segurando minha vontade de chorar, saber que a qualquer momento aqueles homens poderiam entrar aqui e que com certeza estão armados me apavorava.

- Eles já vão sair e você vai pra casa. - Disse calmamente e eu não sabia como ela conseguia estar tão tranquila assim.

Meu coração disparou quando a porta do quarto de Sabina foi aberta e eu me agarrei nela escondendo meu rosto em seu peito e foi impossível não chorar, eu vou morrer! Sem nem ter me despedido dos meus pais e falado pro Noah que ele não pode ficar com o meu carro.

- Any desgruda! - Sabina susurrou muito baixo para mim e eu apenas a ignorei, não soltaria mais ela pois nem vou ter vida para poder fazer isso.

- Esse filho da puta não tá em casa! - A voz grossa de um homem soou pelo quarto seguida de uma batida em algum lugar.

- Mas uma hora ele vai aparecer e vai nos pagar! Do jeito fácil ou do difícil. - Outra voz falou e eu abracei Sabina ainda mais forte.

- Bora vazar logo daqui. - Parece que eles jogaram algo no chão e depois ouvimos barulhos de passos indicando que eles deveriam ter saído. Eu e Sabina permanecemos quietas por mais alguns minutos até ter certeza de que não tinha mais ninguém aqui e depois ela voltou a falar.

- Pode me soltar agora Gabrielly? - Pergunta e eu tiro meu braço de volta dela meio envergonhada e seco algumas das lágrimas que ainda estavam no meu rosto, depois desse dia vou começar a preparar meu testamento. - Vou lá ver como estão as coisas. - Sai de baixo da cama e saio logo atrás dela mas antes de Sabina sair do quarto eu seguro seu braço fazendo meu corpo se arrepiar um pouco com esse toque.

- Melhor você ficar aqui, e se eles estiverem na sala? Eu não posso ser responsável pela sua morte Sabina! - Falo ainda usando meu tom baixo e Sabina apenas revira os olhos se soltando de mim.

- Pela milésima vez Any Gabrielly, nós não vamos morrer! - Fala irritada e depois sai andando para fora do quarto, sigo ela e fico parada atrás de suas costas quando chegamos na sala.

- Nossa... - Comento ao ver a bagunça da sala, as cadeiras da mesa de jantar estavam todas espalhadas pelo chão, o sofá da sala virado no chão também e Sabina parecia que iria explodir de ódio a qualquer momento.

- Eu vou matar o Bailey! - Diz indo até o sofá e o colocando de volta no lugar.

- E eu nunca mais vou vir na sua casa, terminaremos o trabalho na minha. Sabe, onde tem seguranças. - Falei enquanto ela ajeitava algumas coisas mas a sala estava um verdadeiro caos.

A Patricinha e a Favelada - SabianyOnde histórias criam vida. Descubra agora