~Capitulo 15~

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Sabina Hidalgo

Aquela filha da puta da Gabrielly não sai mais da minha mente e eu não sei mais o que fazer. Não aguento mais pensar nela e no que aconteceu hoje mais cedo, eu fiquei extremamente irritada quando Joalin a chamou de princesa e não sei o porquê. Não foi ciúmes como Any disse pois eu sou uma pessoa zero ciumenta, e nunca na minha vida senti ciúmes de alguém então não tem como Any mudar isso.

- O que você te em? Tá com essa cara de idiota desde que saimos da escola. - Sina perguntou enquanto andávamos até nossas casas e eu sai do transe em que estava.

- Não tenho nada Deinert. - Respondi tentando a todo custo tirar aquela garota da minha mente.

- Claro que tem, está com febre ou se sentindo mal? - Passou a mão pela minha testa e meu pescoço e eu tirei suas mãos revirando meus olhos.

- Já falei que não tenho nada porra, estou perfeitamente bem. - Falei e ela assentiu ainda parecendo meio desconfiada.

Fomos andando e ela foi direto para sua casa e eu para minha, assim que cheguei dei de cara com Bailey fumando na sala enquanto assistia televisão todo esparramado no sofá só de cueca. Minha mãe já deve ter dado esporro nele por isso umas mil vezes e mesmo assim ele não para.

- Vai colocar uma roupa garoto. - Deixei um tapa em sua cabeça e ele olhou para mim soltando a fumaça em sua boca.

- Me deixa Sabina, eu estou relaxando. - Falou com tédio e voltou sua atenção para televisão.

- Relaxando de que? Você não faz porra nenhuma além de merda. - Falei me jogando no sofá ao seu lado e vendo o programa chato que estava passando.

- Você tá muito estressadinha Maria, quer se juntar a mim para relaxar? - Perguntou me oferecendo um cigarro e eu apenas neguei pegando meu celular na mochila. - Não sabe o que está perdendo.

- Na verdade eu estou ganhando pois não vou ouvir sermão de uma hora e nem apanhar quando a fera chegar em casa. - Sorri falsamente pra ela que apenas deu de ombros como se não se importasse.

Mas ele se importa muito e morre de medo da nossa mãe.

Fiquei apenas alguns minutos lá na sala com ele e depois fui para cozinha comer alguma coisa, esquentei o resto de macarrão de ontem e almocei sozinha. Depois disso fui para o meu quarto e tirei aquele uniforme quente ficando apenas com um top esportivo preto e um shortinho de moletom cinza. Me joguei em minha cama e as mesmas lembranças que rondavam minha cabeça o dia inteiro voltaram com tudo.

- Para com isso. - Falou e eu abaixei ainda mais o meu rosto com um certo deboche. - Você quer tanto que eu te beije assim? - Any perguntou e claramente ela estava bem nervosa, sua voz mal saia.

- Óbvio que não. - Passei a mão no seu cabelo e coloquei um cacho seu para trás de sua orelha.
- Mas você quer muito e isso é claro.

- Nos seus sonhos né?

- Na realidade mesmo. - Fingi que iria beija-la o que a fez suspirar e fechar seus olhos com força me fazendo rir. - Tudo bem? - Perguntei ainda rindo quando ela abriu seus olhos.

- Não. - Respondeu e eu a olhei confusa. - Acho que vou perder o jogo.

- Como as... - Não me deixou terminar a frase e colou de uma vez nossos lábios, eu fiquei completamente sem reação e sem saber o que pensar na hora que ela fez isso. Não era para isso ter acontecido mas agora foda-se, essa boca é boa de mais para se recusar.

-x-

- Ok Hidalgo, isso é uma palhaçada mas tudo bem, não vai mais acontecer. - Falou saindo da sala e eu fui logo atrás dela .

A Patricinha e a Favelada - SabianyOnde histórias criam vida. Descubra agora