Despair

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Sonhei mais uma vez com Sakura, dessa vez foi diferente. Não foi um pesadelo de Rin nem um sonho quente. Era um sonho que me trouxe paz.

Sakura e eu estávamos em um jardim infinito, ela deitada na grama, com sua cabeça usando minhas coxas como travesseiro. Conversávamos sobre a vida, riamos. Até que de longe ouço uma risada infantil, não duas.

Descendo a colina a nossa frente duas crianças vem correndo e se jogam em Sakura. Elas eram muito parecidas comigo, os cabelos brancos do garotinho bagunçados como o meu, já o da menina eram longos e lisos. Porém os olhos, os olhos de ambos eram verdes como Sakura...

Acordei me sentindo em paz, como se finalmente entendi que estou fazendo a escolha certa.

Sakura sempre foi e sempre será a escolha certa.

E agora que ela não estava aqui, nem em qualquer lugar aqui perto, eu encontrei a minha obsessão fora de controle, como um vício em drogas que pedia para ser alimentado.

Imaginei a sua voz enchendo o escritório depois que terminei as reuniões da parte da manhã. Imaginei seu rosto e sua trança bagunçada quando eu fui correr. Eu me encontrei pesquisando onde encontrar sementes de cerejeira para plantar em minha casa.

Uma onda de ciúmes indesejada e suspeita surgiu no meu peito, quando lembrei que Uchiha Sasuke agora estava em cena. Apesar de saber que ela ainda me quer, isso não ficou tão explicito ontem...

O que mudou? Eu me perguntava. Entre a semana passada e esta semana, entre ontem e hoje?

Foi ontem à noite. Foi à briga, a magia, o cheiro do seu cabelo. O beijo que havia selado algo, algo que transcendia o físico e o espiritual. Nós não precisamos falar, aquele beijo significou tudo, e mesmo ela não me dizendo as palavras clichês, no fundo eu sei que sente o mesmo que eu. A experiência tinha atravessado de ser confuso como o inferno para maravilhoso. Impressionante. Não impressionante no sentido legal, mas impressionante no sentido de que isso me encheu de admiração.

Ela me encheu de admiração. Ela me fez ver o mundo com um novo sentimento de admiração, mais verde em cada árvore, cada ângulo mais agudo, cada rosto mais agradável e a deliciosa sensação de ajudar.

Não que a culpa tinha desaparecido, no entanto. Eu ziguezagueava da fantasia à recriminação, me punir com mais corridas, mais flexões, mais tarefas, passando horas em cima da investigação de Kabuto em busca por uma resposta.

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Eu estava tão inquieto como um animal enjaulado na quinta-feira

Eu tentei assistir tv, eu tentei ler. Minha casa já estava perfeitamente limpa, meu gramado aparado. A única coisa que eu poderia focar era em Sakura. Ver ela esta noite.

E, finalmente, eu desisti e fui para o meu quarto. Me sentei na cadeira ao lado da cama e abri o zíper do meu jeans. Eu tinha ficado em um estado de semi-dureza durante todo o dia, e apenas o pensamento de punheta foi o suficiente para me levar até lá.

Eu me dei um par de puxões até que meu pau estava apontando para cima, lembrando como era ter a buceta molhada de Sakura pressionando contra mim. Eu me inclinei para trás, meu queixo apertado, finalmente desistindo e alcançando o meu telefone.

Ela atendeu no segundo toque.

- Olá? - aquela voz. Ela ficava ainda mais rouca ao telefone. Enrolei minha mão em volta do meu pau e, lentamente, me acariciei.

- Onde está você?

- Eu estou em uma pousada aqui nas águas termais, estou em uma fonte mas está vazia, então você pode falar. - eu podia ouvi-la se movendo, como se estivesse entrando na água, merda será que isso significa que estava pelada?. - Mas eu estou quase terminando o relaxamento. O que está acontecendo?

Confissão - KakaSakuOnde histórias criam vida. Descubra agora