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Sakura

O dia amanheceu com um deslumbrante nascer do sol, os raios dourados beijavam as folhas e refletiam pelo lago Hashirama. Uma imagem tão linda para ser colocada em uma tela, nunca pensei que ficaria tão chateada por não ser artista como neste momento. Estava olhando pela grande janela de uma linda casa tradicional japonesa em um largo campo aos redores da vila. Dois grandes braços musculosos delineiam minha cintura e me puxam contra seu peito, chegava até ser piada nossa diferença de altura, com bons 30 centímetros de diferença.

Só pelo cheiro de pinhos eu já sabia de quem se tratava, meu marido Hatake Kakashi. Suas mãos deslizam pela minha barriga e afagam-na, olho para baixo onde as grandes mãos estão e vejo o pequeno monte que já se mostra presente em meu ventre.

Nosso primeiro filho.

Kakashi abaixa o tronco e beija minha bochecha enquanto eu permanecia a ver a maravilha da natureza em minha frente, ficamos assim por um tempo até que ele decide fazer um café para nós, saindo do meu estupor, visto uma roupa larga e desço até a cozinha, por mais que estejamos morando a dois anos nesta casa, ela ainda me parece estranha de certa forma.

Presto atenção nos moveis e percebo que não há nenhum porta-retrato neles, uma coisa que me estranhou muito pois tinha certeza que havia trago fotos da minha família e do antigo time 7, olhando para a porta de entrada da casa percebo que meus sapatos não estão ali também, assim como os casacos que estão pendurados não são os meus, sequer são do meu tamanho ou de Kakashi.

Havia algo estranho acontecendo, mas decido questionar meu marido antes de criar paranoias em minha cabeça. Entrando na cozinha vejo uma cena quase tão bonita quanto o nascer do sol, meu marido sem camisa preparando-nos um café delicioso. Minhas preocupações quase evaporam ao ve-lo tão a vontade sem máscara em nossa cozinha.

- Agora dar-lhe-ei um bom-dia digno pequena.

- Hm, acho que gosto da ideia.

- Tenho certeza que sim. – diz ele colocando um omelete bem produzido e uma caneca de chá em minha frente. – Infelizmente sem cafeína para você, docinho.

Docinho? Ele nunca me chamou assim.

- Você realmente achou que escaparia tão fácil?

Ouço uma voz bizarra falando algo estranhamente familiar.

- Kakashi, você ouviu isso?

- O que?

- Uma voz. – Uma voz terrivelmente familiar quis dizer, mas me contive.

- Querida, talvez você esteja muito cansada, não quer dormir mais? – Kakashi se aproxima, contornando a bancada e me olhando com preocupação, vejo a cor de seus olhos oscilarem, uma vez tão negros agora tinham traços amarelados.

- Mas eu acabei de acordar. – Digo me sentindo tonta.

- Venha, vou levá-la novamente para o quarto. – Ele diz tentando pegar-me no colo.

- Eu não estou cansada.

- Mas você precisa de repous...

- Não quero ir para o quarto! – Agora estou gritando.

Algo não está certo, isso aqui não é verdade. As memorias cada vez mais explodem por trás de minhas córneas, me fazendo lembrar de onde eu realmente estava da última vez.

Uma cela, fui sequestrada por Kabuto e minha última memória foi achar que estava vendo uma luz d no final do corredor, porém era Kabuto. Seus olhos amarelos refletindo, isso era um Genjutsu. Como o Genjutsu é uma extensão do chakra do usuário que atinge o sistema nervoso do seu alvo, a forma mais básica de escapar de uma dessas técnicas é interromper o seu próprio fluxo de chakra utilizando a habilidade conhecida como Dissipação de Genjutsu. Dessa forma, ao parar totalmente a circulação de chakra por um breve período de tempo, o usuário perderá o controle e consequentemente a ilusão será quebrada. Junto minhas mãos em uma posição característica dizendo:

Confissão - KakaSakuOnde histórias criam vida. Descubra agora