Resolution

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E eu ainda notava as mulheres, certamente, mas eu havia me tornado muito hábil em levar a direção dos meus pensamentos para longe do sexual. No primeiro dia com o conselho após minha posse eles me fizeram assinar um papel de descrição.

Nesse contrato dizia com todas as palavras que não poderia me envolver explicitamente com mais de uma mulher por ano, e essa teria que também assinar um contrato ao qual deveria cumprir confidencialidade e sigilo sobre o relacionamento.

Caso as coisas saíssem dos trilhos por conta do contrato seria obrigado a ter uma união estável com a pessoa envolvida. Sim, casamento contra minha vontade.

Apesar de poder me relacionar com outra pessoa dentro das tais condições decidi que a ausência da vida sexual seria uma melhor opção, eu respeitava cuidadosamente isso.

Era fundamental que eu fosse o ápice da limitação. Que eu fosse o tipo de Hokage que inspirava confiança. E que envolvia eu sendo incrivelmente circunspecto tanto publicamente como em privado quando era sobre a sexualidade.

Assim, mesmo que sua risada rouca ecoou em meus ouvidos o resto do dia, sigo firme e deliberante em expulsar a memória de sua voz e continuar com os meus deveres, a única exceção sendo que eu conversei com meu conselho sobre a possibilidade de assédio, prometendo conseguir mais evidencias sobre o acontecido.

Eu preciso saber que tudo vai ficar bem.

Eu esperava que, onde quer que ela esteja, Kami estivesse com ela, a confortando.

A semana passou rápido e novamente estávamos no dia do confessionário...

A única coisa que me fazia ter vontade de ficar aqui é pensar na possibilidade dela aparecer novamente.

Iruka tinha acabado de sair, e eu também estava me preparando para me levantar e sair quando ouvi a outra porta abrir e alguém entrar no confessionário. Eu pensei que talvez fosse Iruka novamente - essa não teria sido a primeira vez que ele tinha voltado porque ele tinha lembrado algum novo recado da população que ele tinha esquecido de me contar.

Mas não. Era aquele voz rouca, a voz que tinha inspirado os meus rosários extras na semana passada.

- Sou eu de novo, - disse a mulher, com uma risada nervosa. – A de semana passada...

Minhas palavras saíram mais profundas do que tinha a intenção, mais cortada. Um tom que eu não tinha falado com uma mulher em um longo tempo.

- Eu me lembro de você.

- Oh, - ela disse.

Ela parecia um pouco surpresa, como se ela não tivesse realmente esperado que eu me lembrasse dela.

- Bom. Eu acho.

Ela se mexeu um pouco, e através da tela eu vi indícios da mulher por de trás - cabelos claros, loiros? Roxo claro? Rosados..., pele branca, um flash de batom vermelho.

Me mexi um pouco também, inconscientemente, o meu corpo de repente ciente de tudo. As calças sob medida (um presente dos conselheiros da cidade) a madeira dura do banco, a blusa que de repente era muito apertado, apertado demais.

Ela hesitou.

- Decidi voltar. - mas ela não deu mais detalhes e eu não queria pressionar, principalmente porque eu estava tentando me treinar a ir para longe da série de desejos implausíveis que enchiam minha mente.

Não, você não pode perguntar o nome dela.

Não, você não pode abrir a porta para ver como ela é.

Confissão - KakaSakuOnde histórias criam vida. Descubra agora