🏆 OBRA VENCEDORA DO WATTYS 2022
MADELAINE HANWORTH, definitivamente não era uma aristocrática comum. De beleza rara e língua afiada, ela estava debutando pelo segundo ano na sociedade londrina, sendo considerada o diamante da temporada. O que todos...
— para este capítulo (final) — música: friends (Chase Atlantic)
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Karl estava envergonhado demais para ir em qualquer evento naquele dia. Na madrugada, fez algo completamente indecente com uma dama, mesmo que a dama em questão possuísse um amante. Sabia que o tapa que recebera no rosto havia sido merecido, pois ele tinha se comportado muito mal. Precisava arranjar uma maneira de pedir desculpas para Madelaine. A culpa pelo que fizera o consumia e ele não tinha ninguém para aconselhá-lo.
Logo após o almoço, resolveu visitar o laço mais próximo que tinha de amizade naquele local. Sua visita seria mal interpretada, mas não se importou. Estava realmente preocupado com Georgina e ela era a única a quem ele poderia pedir ajuda. Sendo uma grande amiga da mulher que ele constrangeu, uma garota de dezesseis anos era sua única solução no momento.
Quando chegou na frente da casa dos Bunwell, após ser anunciado, foi levado para a sala de estar de visitação, onde uma mulher que deveria ser a dona da casa o esperava.
Após os devidos cumprimentos, o príncipe percebeu que a antiga viscondessa Bunwell não era a mãe do atual visconde ou das trigêmeas, era a madrasta. Além disso, ela tinha uma única filha com o falecido visconde, de apenas doze anos.
A viscondessa fez questão que Karl cumprimentasse duas das trigêmeas — as que eram idênticas —, possuíam o mesmo cabelo louro característico da família e olhos castanhos. Mas nenhuma das duas se parecia fisicamente com Georgina, que era alta e de traços delicados. A mais nova, por outro lado, era muito parecida com a garota.
— A Srta. Georgina Bunwell está? — perguntou Karl após quinze minutos de conversa. As irmãs dela eram insuportáveis e ele já estava cansado dali.
— Mas o senhor não veio para nos conhecer melhor? — perguntou uma das trigêmeas, a que se chamava Emma provavelmente. Parecia desapontada.
— Fico contente com a presença de todas vocês — mentiu e lançou um sorriso. Seu sorriso conseguia desconcertar qualquer dama. — Mas minha intenção é ver a Srta. Georgina Bunwell, se possível. Estou muito preocupado com ela — percebeu que uma das gêmeas ia interrompê-lo, então acrescentou: — A considero uma amiga muito querida.
