cap 11

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Lauren pov

Já no consultório eu não estava muito confortável pelo fato do Dr. ser um homem, mas eu não podia fazer e nem querer muito, era o que tinha naquele momento.

Dr. - Pode dar início Lauren, se não se importar estarei gravando nossa consulta..

L - Tá de boa, eu acho- digo olha do ao redor- consultório bacana.

Dr. - Os consultórios geralmente são de um modo que possa deixar os outros confortáveis,  então optei por, como você pode ver.

O consultório era de cor leve, as paredes era cinza pastel com uns quadros de animes e desenhos,  a janela ocupava uma parede inteira, nessa janela tinha uns ursinhos sentados e uns vasos com cactos, nas prateleiras tinham livros de colorir e alguns books de romance adolescente, já na estante tinha uns brinquedos anti-stress e uns vidros com várias balas e chocolates, os sofás foram substituídos por puffs e no centro deles tinham um tapete branco feupudo, em sua mesa tinha um tabuleiro de xadrez com peças de vidro, bonito por sinal.

L- Legal...

Dr. - Quer começar por onde?

L - não sei por onde quero começar.

Dr. - que tal pelo pesadelo?

L - Bom, o pesadelo não foi bem um pesadelo, foi algo que ocorreu e eu não me lembrava, mas não fiz nada que me dera gatilho mas acontece que eu lembrei e travei.

Dr. - Talvez tenha dado gatilho e você não quer perceber, não quer assumir, entende?

L - não, não entendo...

Dr. - você se relacionou sexualmente com alguém, esse ato ou tal ato gerou o que chamamos de gatilho, no momento não chegamos a perceber mas depois que o prazer passa os pensamentos vem a tona mesmo que não percebemos, e acontece o que aconteceu.

L- e como faço isso parar? Odiei me sentir assim.

Dr. - você precisa assumir o que aconteceu, falar o que aconteceu e se permitir sentir a dor do ocorrido.

L - não quero assumir e nem falar, não me lembro exatamente do ocorrido.

Dr. - lembra sim, em alguma parte aí você lembra.

L - talvez...

Dr- nossa consulta está perto de encerrar, quer continuar na próxima?

L - quero sim, só quero dormir bem.

Dr. - vou te receitar um medicamento leve, 10 mg, vai te ajudar a dormir, o remédio é ####, tome antes de dormir na hora da janta, nunca tome de estômago vazio ou esqueça do mesmo, vai demorar no máximo uma semana para fazer efeito.

L - está bem, eu preciso mesmo dele?

Dr. - não se você quiser, vai te ajudar a dormir.

L - okay, obrigada eu acho.

O encerramento da consulta foi tranquilo, o Dr a todo momento anotava as coisas e eu não sabia o que ele estava anotando pois não falei muito, mas esqueci que ele sabia fazer leitura corporal, eu estava tensa e chateada então eu imagino o que seja.

Saindo do consultório Alice ainda estava lá, ela me esperou esse tempo todo, parecia preocupada e o abraço que ela me deu ao me ver foi tão gostoso, me afundei em seu peito e num suspiro falho para sentir sua fragrância vacilei em deixar uma lágrima escorrer, que deu abertura para outras lágrimas sem estima de término.

A- minha pequena, vai melhorar- dizia enquanto acariciava meus cabelos.

Sem tempo para responder ou respirar ela me guiava pela mão até o carro, tentando me ajeitar da melhor maneira ela me levou de volta para casa em silêncio, seu olhar havia dúvida e pena, seus lábios tentavam falar algo mas apenas se pressionavam um no outro, seus ombros tensos e seus dedos agarrando forte o volante deixando suas brancas mãos vermelhas.

L- chegando em casa eu vou tentar comer algo, ele deu um remédio e não posso tomar de estômago vazio- digo me afundando mais no banco passageiro, apertando firme o banco que eram cravados pelas minhas unhas

A- você gostaria de comer algo em especial? Faço o que quiser pra ti- diz tentando puxar um pouco de ânimo ao depressivo ambiente.

L- não valeu, só quero ficar quietinha mesmo.

A- tudo bem...

O restante do caminho foi silencioso, as tentativas falhas de puxar assunto vindo de Alice, seus lábios entreabertos ameaçavam dizer algo, mas o que saia deles eram apenas suspiros tristes e melancólicos, em uma velocidade abaixo do permitido ela testava minha paciência dando passeios pela cidade, eu queria gritar e pedir para irmos logo para casa mas eu entendia suas intenções.

Finalmente quando ela arrisca dizer algo a bloqueio colocando meus fones, eu a encarava enquanto arrumava os fones em meu ouvido e seus olhos vazios como um quarto sem móveis me socavam com tanta força por estar sendo cruel com alguém que só queria me ajudar, mas eu não queria a ajuda que ela poderia me oferecer.

L- olha, Sabway....

A- Quer sabway como janta?

L- se não for te incomodar, assim não sujo a cozinha.

Ela não respondeu, apenas me entregou um sorriso animado, estacionando o carro num lugar perto a enorme janela fomos de encontro ao balcão para realizarmos nossos pedidos.

X- vão querer essa noite?

L- vou querer um vegetariano por favor

X- bacon adicional?

L- se eu pedi vegano e porque não quero  carne moço- digo num tom triste fazendo um pouco de drama

X- quer frango de soja?

L- esse eu aceito, vou querer também alface , tomate, pimentão, picles  e muita cebola roxa.

X- os temperos?

L- Sal, azeite, BASTANTE molho agridoce, molho chapotle, parmesão, maionese e mostarda.

X- algo mais?

L- uma coca bem grande por favor.

X- e o seu mãe?

A- um de frango com os mesmos temperos e saladas que o dela, os tira o agridoce.

X- deu 45$$.

Após o pagamento e os lanches feitos fomos até a bancada para jantarmos, o restaurante estava meio vazio então sentamos na janela onde conseguíamos ver o carro estacionado, ambas tentavam puxar assunto mas era algo falho, de estômago vazio fomos para estômago cheio com direito a sobremesa.

Voltamos para o carro e demos início a nossa condução, novamente o silêncio era tão tenso quanto os nós em minhas costas.




Oi meu povo, desculpa os caps curtos e o assunto dramático, tô tentando pegar uma vibe diferente para o início do livro, não esqueçam de deixar seu voto pois isso me ajuda MUITO.

Se gostarem de subway façam o lanche vegetariano da Lauren, me espelhei no lanche que sou apaixonada e super indico  ʕっ•ᴥ•ʔっ

Chapotle e agridoce são uma combinação deliciosa  (subway me patrocina)



Oh, mommyOnde histórias criam vida. Descubra agora