Estou com medo de olhar-me no espelho,
Aquele reflexo que olha de volta para mim,
Esta me dando calafrios,
Enchendo-me de tristeza.
Aqueles olhos fundos e tristes,
Aquela pele exageradamente sensível,
Os cabelos quebradiços que tanto caem,
O desespero por trás de bolinhas castanhas.
Por onde iria sair a dor daquele reflexo?
Pois quando me deito,
Ainda sinto que ele está lá,
Preso atrás do espelho.
A figura cheia de ressentimentos,
Entretanto, com demasiada empatia,
Aproxima-se sempre da morte,
Mas não deixa de planejar a vida.
O que há de errado com ele?
Quando quero ver a mim mesmo,
Há uma figura angustiada me olhando,
O medo me encarando.
Agora se eu for lá e cantarolar para ele,
A música cessará antes mesmo do fim,
Minha voz perderá a força,
Pois o reflexo aterrorizado com o mundo,
Me fará chorar.
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Despersonalizo
PoesiaFora do corpo; Sentindo o peso da alma; Qual a razão pela qual nada o acalma? Está é a janela da minha alma.
