Juliette

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Meu nome é Juliette Freire,sou da Paraiba, mais fui criada em Goiânia, tenho 31 anos, Sou filha de Fátima e Lourival que faleceram em um acidente de carro quando eu tinha 5 meses, depois minha guarda foi para a minha tia Laura, que descobriu um tumor avançado e sem cura, ela não tinha mais família então me deixou no orfanato com um ano de idade e uma carta contando essa história. Isso é tudo que eu sei sobre a historia da minha família.

Crescer em um orfanato tem seu lado bom, ter muitos amigos que acabam virando sua família assim como a Giu que é a minha melhor amiga , aprendi a dividir tudo que tenho , a gente cresce com consciência de como a vida é difícil. O lado ruim é falta que faz ter uma família, nunca conheci nenhum familiar mais sinto falta deles todos os dias, doi muito você ser adotada por uma família e depois ser devolvida, porque quem deveria te amar, simplesmente se arrepende da escolha que fez e te descarta como um pedaço de papel. Comigo isso aconteceu duas vezes, a rejeição é o pior sentimento que eu já senti.

Também tem as pessoas boas, assim como o Carlos, ele era um senhor que aos finais de semana ia ser voluntário no orfanato, ele era um mestre em dança, tinha uma companhia , e nos dava aulas, eu amava, me deixa feliz dançar e ele percebeu e me incentivava, depois passou a ir em dia de semana para me dar aulas, ainda tentou me adotar, mais era um homem solitário e que se dedicava integralmente a sua profissão não foi possível, mais me deu uma bolsa de estudos na sua escola de dança e foi lá que eu me encontrei, comecei estudando, depois quando saí do orfanato ele me contratou como sua assistente e depois como professora, mais ele morreu a 3 anos atrás me deixou a companhia que agora sou dona.

A 4 anos atrás conheci o Luiz, foi paixão a primeira vista, eu era muito desconfiada com as pessoas então era a primeira vez que eu me abria para viver um romance , vivíamos sempre juntos, tínhamos um fogo que nunca apagava, acabou que eu engravidei e quando contei pra ele, ele mudou completamente, disse que não poderia ser pai naquele momento, que se eu tirasse o bebê ele continuaria comigo, caso contrário a nossa história acabava ali, eu cheguei a ir em uma clínica clandestina mais quando me sentei na maca para começar o procedimento eu me arrependi e saí de lá correndo, decidi criar minha filha sozinha, ela hoje tem 3 anos se chama Manuela Freire. Não vou dizer que é fácil ser mãe e dona de uma companhia de dança, eu acabei me esquecendo da mulher, nunca mais quis saber de outro homem me fechei pro amor, e decidi me dedicar ao meu trabalho e a minha filha.

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