Instinto

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A Manu me chamou para brincar, eu sabia q para conquistar a mãe eu precisava primeiro conquistar a filha. Passamos a manhã brincando, depois fomos almoçar e a Manu perguntou para a mãe se eu poderia ser pai dela, não sei a história mais deve ser muito difícil pra ela ver a filha pedir isso.

A tarde eu estava saindo do meu quarto,e escuto no quarto do lado barulho de alguém passando mal a porta estava aberta, quando eu olhei era a Manu que tinha vomitado, eu não pensei eu apenas agi por puro instinto, fui até ela e peguei no colo, ela se acalmou e se aninhou no meu peito e eu me senti o homem mais sortudo do mundo.

Juliette saiu do quarto e disse q ia ligar pra pediatra. Eu fiquei ali vendo aquele serzinho com os olhinhos fechados se sentindo segura nos meus braços.

Dei um beijinho na cabeça dela e ela falou:

Manu: Tio minha barriguinha tá dodói.

Rodolffo: Já vai melhorar tá meu amor. Tio vai fazer uma massagem.

Sentei com ela na cama e fiz uma massagem na barriguinha dela e acabou pegando no sono. Juliette entrou no quarto junto com a Laís e Israel.

Juliette: Ela dormiu?

Rodolffo: Sim mais reclamou que a barriga tava doendo, eu fiz uma masssagem e ela pegou no sono.

Israel e Laís me olharam estranhamente, não julgo tbm estava me sentindo estranho, se fosse a um dia atrás eu jamais saberia o que fazer em uma situação como essa.

Juliette : A médica mandou a receita, eu vou lá buscar os remédios enquanto ela dorme, vcs sabem onde fica a farmácia mais próxima daqui?

Rodolffo: Eu vou com você.

Juliette: Não precisa, é só me dizer e eu coloco no GPS.

Laís : Deixa ele ir amiga, vai ser mais rápido pq ele conhece a região.

Valeu Laís, falei pra mi msm.

Ela aceitou e fomos no meu carro, ela estava calada então puxei assunto.

Rodolffo - Ela já teve isso antes?

Juliette - Assim não, já vomitou uma vez que comeu muito doce no aniversário.

Rodolffo - tadinha, ela é tão alegre e estava tão quietinha.

Juliette - Pois é, só assim pra ela sossegar um pouco. Eu quero te agradecer por ter me ajudado a cuidar dela e pedir desculpas por ela ter falado aquilo na mesa.

Rodolffo - Não precisa pedir desculpas , se eu tivesse uma filha como ela eu estaria muito feliz.

Ela só sorriu e abaixou a cabeça, com olhar triste, depois ficou olhando pra janela.

Rodolffo - Tá tudo bem? Eu falei alguma coisa errada?

Juliette - Não, pq?

Rodolffo - Você ficou com olhar perdido.

Juliette - Estava só pensando. Mais você leva jeito com crianças, vai ser um bom pai.

Rodolffo - Eu não pensava nisso até um tempo atrás e agora eu estou começando a sentir vontade de ter um filho, não sei explicar é uma vontade sabe de ter alguém pra amar e cuidar, você tbm sentiu isso antes de ter a Manu?

Juliette - Não, a Manu não foi planejada. Ela veio no susto e o pai não quis se envolver, então tive que lidar com muitas coisas.

Rodolffo -Deve ter sido difícil arcar com tudo sozinha.

Juliette - Ainda é difícil, agora ela está nessa fase de ficar procurando um pai, eu acredito que ela veja os coleguinhas falando dos pais e não entende pq ela não tem um.

Rodolffo - as crianças não deveriam sofrer por causa dos adultos né.

Juliette - Sim é o que eu penso também.

Chegamos na farmácia pegamos tudo e voltamos bem rapido, a conversa foi boa, ela é uma mulher forte e guerreira. Isso me faz sentir mais admiração por ela, além de  achar ela uma gata,alguns momentos senti uns olhares de desejo entre a gente,mais ela tratou de disfarçar todos eles.

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