DOIS MUNDOS

Revolta

Depois da conversa que tivemos, ele foi embora e liguei pra escola.

Fui pro chuveiro chorar tudo que estava intalado na minha garganta, pq eu sou tão covarde? As pessoas vivem dizendo que eu sou uma mulher forte, que já passei por muita coisa, mais a verdade é que eu sou uma covarde.

Sai do banheiro abri meu guarda roupa e peguei aquela maldita caixa, joguei ela no chão sentei e chorei, eu olhava aquilo e me lembrava da época que eu fui mais feliz.

Peguei meu celular e fiz o que nunca tinha feito na minha vida por amor próprio, pesquisei o nome dele na rede social, estava aberta, ele não tinha mudado nada estava o mesmo, passando as fotos tinha uma dele com uma mulher loira e um bebezinho no colo dele, fui olhar a legenda e estava escrito "Família meu bem maior".

Eu não preciso dizer que eu não acreditava no que estava lendo, ele tinha formado uma família, e não era a nossa, a minha filha aqui sofrendo pedindo um pai e ele sendo um maravilhoso lá em Nova York.

Mais uma rejeição pra minha conta, toma aí Juliette, vai de novo acreditar nas pessoas, vai precisar viver mais quantos anos pra entender que não se pode confiar em ninguém? OTARIA.

Me acalmei liguei pra Laís e perguntei se podia ficar com a Manu essa noite, amanhã cedo eu pegava ela, ela respondeu q sim. Então mandei uma msg pro Rodolffo pedindo pra ele deixar ela lá na Laís que eu ia sair. Ele só respondeu um OK.

Me arrumei peguei um carro de aplicativo e parei em um barzinho que eu ia com Luis na época em que namorava, eu peguei uma mesa bem no canto pedi uma garrafa de uma bebida bem forte e fiquei ali curtindo minha tristeza, chorando e ouvindo música ao vivo. Hoje eu não queria ser a Juliette forte ou a Juliette mãe. Eu queria sumir se fosse possível.