Dois dias de viajem, e ela finalmente passava pela floresta do InuYasha, tudo continuava o mesmo, ao passar pela arvore sagrada, ela não pode conter a nostalgia, subiu nas raízes saltadas da arvore e ficou frente a frente ao local que antes o meio youkai estava lacrado, não pode evitar que as lembranças lhe assombrassem, que os sentimentos voltassem, uma única lagrima escorreu de seu olho e um sorriso triste tomou seus lábios.
- Tantas lembranças, tantos sentimentos, tanta dor, e mesmo sabendo que boa parte disso não me pertence, porque será que ainda dói?
A noite já ia alta, e como queria fazer surpresa ela pernoitou em meio as raízes da arvore sagrada.
Kagome acordou com o som dos pássaros e sorriu, com tranquilidade ela caminhou pela floresta até o vilarejo, e assim que colocou seus pés nesse, os cochichos começaram, e antes que pudesse perceber os moradores lhe prenderam e a levaram até a velha Kaede. Ela não podia deixar de sorrir, afinal era como se um dejavu acontecesse, abaixou a cabeça e deixou que seus cabelos tampassem seu rosto.
- O que você é? Uma bruxa? Um espirito maligno? O que quer nesta vila?
- Oras Kaede, você sabe muito bem que eu não sou nada disso, sou apenas eu, a Kagome.
- Mentira, a menina Kagome morreu, caiu de um penhasco...
- E o corpo nunca foi encontrado, não é?
Kaede tacou em seu rosto sal, Kagome só teve tempo de fechar os olhos.
- Não é um espirito.
Logo veio a água.
- Kaede, pelo amor de Deus, sou eu a Kagome, eu fui encontrada pelo monge Akira, fui treinada por ele, por isso não voltei antes, acredite em mim.
Kaede a encarou, aquele nome não lhe era estranho, já ouvira historias daquele monge, mas a séculos ele não aceitava um discípulo, apenas os membros remanescentes de um clã eram aceitos em sua casa.
- Como...
- Eu não sei direito, só sei que um de seus discípulos me encontrou boiando na água, ele me salvou, me levou até Akira-sensei e ele resolveu me treinar.
Kaede estava boquiaberta e ao saiu de seu torpor saiu gritando.
- Soltem a menina, pelo amor de Deus, somos algum bando de bárbaros por acaso?
Rapidamente Kagome estava livre.
- Onde estão todos, vovó?
- Chegaram de viajem ontem de manhã, Shippou está em minha cabana, será o mais feliz ao lhe ver, ao saber que você morreu ele entrou em desespero e adoeceu muito, quase o perdemos.
- Coitado do meu menino.
- Sango e Miroku também ficaram muito tristes, quase nem falam com o InuYasha, o culpam por sua queda.
- Teoricamente a culpa é do Sesshoumaru, mas não podemos isentar o Inu de parte da culpa.
- E InuYasha trouxe minha irmã para o grupo.
Kagome parou no meio de um passo, piscou algumas vezes, suspirou, e por fim voltou a andar.
- Não sei porque ainda me surpreendo, comigo morta ela seria a única opção para encontrar os fragmentos, e sem eu como empecilho os dois poderiam ficar juntos sem problemas.
- Sinto muito, criança.
- Não tem porque sentir, vovó.
Logo estavam em frente a cabana da velha senhora e assim que entraram ela pode ver seu menino, deitado em um canto da cabana, amuado.
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Destino
RomanceNovamente Kagome se vê em uma situação de perigo e mais uma vez vê que a pessoa que ela mais espera que lhe proteja ira lhe abandonar, com a dor em seu coração, com sua alma dilacerada, em um momento critico ela toma uma decisão que ira mudar a sua...