Capítulo 1

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Mayara Rodeste

- MAYAAAA!! PORRA, ATENDE A PORTA - estava dormindo e acordo escutando alguém na porta de casa.

- Achei que tivesse uma cópia da chave - digo abrindo a porta para a Nina, minha melhor amiga

- Eu tenho, mas perdi - ela diz entrando e se sentando no sofá

- Puta que pariu, todo dia isso

- Desculpinha - diz inocentemente - Mas enfim, preciso de sua ajuda

- O que você fez?

- Dessa vez não fiz nada, mas meu irmão Ítalo fez e não foi coisa boa

- Fala logo o que você precisa

- Eu preciso de ajuda, meu irmão fez merda e sobrou pra mim

- E o que eu tenho a ver com isso?

- Posso ficar um tempo por aqui até às coisas se acalmarem?

   Fico pensativa, não é como se aqui fosse o melhor lugar para se esconder, meus pais não ficariam satisfeitos com a ideia, eles já não vão muito com a cara da Nina e aí eu venho com a ideia de ela ficar aqui por um tempo.

- Não sei se seria uma boa ideia, meus pais não iriam ficar muito felizes com isso

- Estamos falando da minha vida e não dos sentimentos deles - diz ela debochando - É só por um tempinho, eles nem vão perceber

- Não, que isso, uma menina dentro de casa eles não percebem

- Então pelo menos fique com Luna, por favor

Luna é a irmãzinha mais nova de Nina, uma fofa. Acho que ela deve ter uns 6 anos

- Tudo bem, posso ficar com ela

O que deu na minha cabeça? Meus pais vão me matar

- Sério? Muito obrigada

- Por nada, quanto tempo ela vai ter que ficar escondida?

- Não sei, acho que só um mês

- O QUE, TUDO ISSO? Eu não posso ficar com a Luna todo esse tempo

- Pode ficar duas semanas até eu achar um lugar pra ficar?

   Não sei se a Luna aqui em casa vai dar certo, aliás não tenho paciência com criança...

- Pode sim - isso não vai dar certo

- Maya, você é demais - diz me abraçando

- Eu sei - digo brincando

   Escuto batidas na porta outra vez

- Qualquer coisa, eu não estou aqui - Nina diz com medo

- Certo, vai pro quarto

Depois que ela foi abri a porta

- Pois não?

Tinha um homem grande, calvo, parecia um dedão, tinha uma tatuagem de carneiro e playboy, com certeza

- A Nina está?

-Não, por que estaria?

- Vocês são amigas, não? - como ele sabe disso?

- A, sim claro, mas ela não vem todo dia aqui, principalmente em uma terça

- Certo, mais tarde eu venho

   Como assim ele vai vir de novo?

- Espera! - ele para e vira-se para mim - Qual o teu nome?

- Cesar Ótton - se vira e vai embora

   Fecho a porta e tranco com medo, mó cara de mau

- Pode vir

- Quem era? - ela fala indo saindo do quarto e indo à cozinha

- Um tal de Cesar Ótton

   Ela paralisa com a garrafa de água na mão

- Oi? Tá bem?

- Não, o Italo é um merda, puta que pariu odeio aquele moleque tudo isso tá acontecendo por causa dele se não tivesse feito aquilo tudo estaria bem, mas não agora - respirou - tenho que me enfiar de baixo da terra pra não me acharam por causa dele aquele desgraçado pq tinha que ser assim aí odeio ele deveria nascer em outra família - continua xingando-o em velocidade indo pro banheiro e batendo a porta com toda força

   Depois de alguns minutos escuto o chuveiro, decido entrar no banheiro

- Nina, por que diabos você vai tomar banho?

- Ué, pra pensar na onde vou ficar e como vou me livrar dessa merda

- Posso ficar aqui? - ela concordou com a cabeça então me sento na privada - Por que você não fica na sua casa mesmo?

- Por que podem invadir minha casa e tentar me matar de novo, não é óbvio?

- Talvez. O que seu irmão fez de tão ruim assim?

- Ele matou um cara de uma gangue e foi preso, agora eles querem me matar em vez dele porque ele tá preso

- Nossa, eu me matava - por que eu disse isso?

- Eu pensei nisso, mas eles iriam querer minha irmã e eu não quero que ela morra com 6 anos de idade

- Ei, eu estava brincando, desculpa 

- Eu não

   Ficou um clima tenso depois disso. Ela sai do chuveiro pega uma toalha e se seca

- Me empresta uma roupa?

- Claro - fomos no quarto e pegou uma roupa que sirva nela - Como você descobriu que eles queriam te matar?

- Invadiram lá em casa ontem de madrugada e tentaram me matar... o bom é que eu consegui fugir com a Luna, ela tá na minha vó agora

- E seus pais?

- Eles não estavam em casa, foram pra um restaurante

- E eles simplesmente te deixaram lá?

- Quando fomos pra casa da minha vó ligamos pra eles, mas eles simplesmente ignoraram, voltaram pra casa e sumiram do mapa

   Fiquei a encarando sem reação

- Você não se importa com isso?

- Tenho mais coisa pra me importar, por exemplo, minha vida - disse simplista - Mas isso não significa que eu não esteja puta com eles - continuou depois de um silêncio desagradável

- O que você vai fazer agora?

- Pegar minha irmã, deixá-la aqui e procurar um parente pra ver se eu posso ficar por lá

- Quer que eu vá com você?

- Não - disse direta

- Beleza, só vou falar pra minha mãe e vamos


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