See you again - {Jarah}

Twenty-second

Sarah

O hospital me trazia lembranças ruins de quando estive lá, então me despedi do JJ e da Kiara e fui pra casa. Chegando lá encontrei minha mãe.

- Oi Sarah, que bom que voltou. Eu soube o que aconteceu... – Ela disse com um tom de voz baixo.

- JJ tá bem, não se preocupe. Viu a reportagem sobre o George?

- Vi... É estranho pensar nele como um monstro. Eu odeio ele por me enganar todo esse tempo, odeio por ter feito o que fez com o próprio filho e odeio por ter cometido outros crimes e agir como se não tivesse feito nada.

- Você realmente não sabia de nada? – Perguntei ainda com uma pontinha de desconfiança.

- Não mesmo. Eu posso ter cometido muitos erros na vida, mas nunca ajudaria um criminoso a esconder um crime ou algo assim. Então pode me perdoar por tudo que fiz pra você e seu pai?

- Confio em você. Claro que perdoo. Todos erramos, é normal.

- Obrigada. – Ela diz e nos abraçamos. – Senti saudade disso... Mas agora vamos falar de algo bom. Seu aniversário tá chegando, tá ansiosa pra se tornar maior de idade?

- Não. Adultos tem muitas responsabilidades...

- É a vida. É normal crescer. Quer chamar alguém pra vir aqui?

- Hum... Kiara, JJ, Pope, Cleo e... – Hesitei em falar. – John B.

- Uh, quem é o último? – Ela perguntou em um tom feliz.

- Meu... Talvez namorado.

- Talvez namorado? Isso existe?

- Ele nunca me pediu em namoro oficialmente, mas nos considerávamos namorado e namorada, até ele ir embora e eu meio que ter um ataque de ciúmes, mas ele não sabe...

- Ah, que pena. Mas como ele vai vir se não está aqui?

- Ele volta depois de amanhã. Tô bem ansiosa e não sei o que falar.

- Uma pergunta: você o ama?

- Amor é uma palavra muito forte... Mas acho que eu sinto algo bem forte por ele... – Parei e pensei um pouco. – É, eu amo o John B.

- Então isso é tudo que você tem que dizer pra ele. E pode fazer o mesmo com seu pai. Liga pra ele e fala que o ama e sente saudade. Tenho certeza que ele vai ficar feliz.

- Uau, eu não falo com ele desde que ele foi embora... Boa ideia mãe, já volto.

Fui pro meu quarto e liguei pro meu pai. Sua voz transmitia felicidade, principalmente quando eu disse: "Te amo pai, e sinto muito a sua falta. Volta o mais rápido possível. Tchau". Acho que ele ficou feliz em saber que eu realmente me importo com ele.

Parece que as coisas estão começando a melhorar pra mim. Resolvi meus problemas com meus pais, meus amigos estão fora de perigo e John B volta depois de amanhã. Finalmente o sol está brilhando pro meu lado.

[Dia seguinte]

Ontem o dia foi bem tranquilo. Assisti filmes com Kiara depois que ela voltou pra casa. Visitei Pope pra contar que JJ tava bem (ele e Cleo já sabiam pelo jornal, mas nem sempre a mídia é confiável, então quando eu contei eles foram no hospital pra vê-lo). E hoje JJ pode finalmente voltar pra casa. Ele acabou de completar 18 anos então já pode morar tranquilamente sozinho. Ele tava com medo de voltar pra casa e Barry ir atrás dele, porém assim que eu liguei a TV hoje, a primeira notícia era que Barry também estava sendo preso e vai ser julgado junto com George.

Assim que desci pra tomar café da manhã, vi minha mãe preparando waffles.

- Bom dia mãe. Preparando waffles?

- Bom dia Sarah. Ainda é seu prato favorito de café da manhã, né?

- É, são uma delícia.

Lembro de uma vez quando eu era pequena que eu dei chilique no meio de uma viagem de avião, porquê antes de entrarmos meu pai disse que eles dariam waffles no café da manhã, mas assim que a moça perguntou o que queríamos e eu disse waffles ela respondeu que só tinha panquecas e sanduíche. Passei meia hora chorando por causa disso. Bons tempos. Lembrei minha mãe dessa história e ela começou a rir.

- Você era um doce quando criança, mas quando queria ser irritante você era. – Ela disse assim que parou de rir.

- Ai ai, bons tempos.

Assim que lembrei que John B chegaria no dia seguinte, minha expressão se tornou séria.

- Mãe, quero te dizer algo.

- Fala.

- Sabe o John B? Meu... Namorado.

- Claro, tô ansiosa pra conhecer ele.

- Ele é um pogue. Eu sei que você acha que pogues são pessoas que não merecem respeito, mas o JJ é, o pai da Kiara era, porquê eu não poderia namorar um? Eu sou tão feliz com ele. E os pogues são gente como a gente, só o que muda é a situação financeira.

- Ah, sobre isso... Desculpa se em algum momento da sua vida eu demonstrei algum tipo de preconceito contra os pogues. Em alguns momentos eu me estressava com algo que algum deles fazia e acabava descontando em todos. Dinheiro não é tudo na vida. E como você disse, eles são gente como a gente.

- Então você tá tranquila?

- Claro. Além de que quem namora é você, não eu, não tenho o direito de me intrometer.

- Obrigada por ser compreensiva. Sabe, agora que a gente se dá bem de novo eu fiquei com medo de criar outra briga por causa disso.

- Depois que você me perdoou eu percebi que fazia muitas coisas do jeito errado, e resolvi consertar elas pra não ter mais brigas aqui em casa.

- Bom, agora que já resolvemos tudo quero dizer que John B chega amanhã, então por favor aja naturalmente e não me faça passar vergonha.

- Pode deixar.

Depois do café da manhã, fui pra casa de Kiara e descobri que ela estava na casa do JJ. Fui até a casa do JJ e encontrei os dois no sofá abraçados e assistindo um filme.

- Que fofos, o casal do momento. – Falei entrando na casa.

- Deveria ser você e o John B, mas vocês não cooperam. – Kiara disse.

- Vão resolver amanhã o que vocês têm pra resolver, né? – JJ perguntou.

- Claro. Já tô ansiosa pra que ele chegue. Mas mudando de assunto, posso ficar aqui com vocês?

- Não tenho um segundo em paz com o meu próprio namorado. – Kiara reclamou. – Mas claro, pode entrar.

- Desculpa atrapalhar o momento casal, mas eu não tava afim de passar o dia todo sozinha em casa.

Passamos a manhã e boa parte da tarde só matatonando filmes. É bom ter a companhia deles. Cada dia que passa eles se tornam mais como uma família pra mim.

Espero que tenha ficado bom porquê metade desse capítulo eu escrevi agora e eu tô no colégio, então eu escrevi rápido.