Em um dos meus livros eu mencionei, num poema, que talvez devesse escrever um livro para as borboletas do meu estômago. Um amigo meu me disse que eu deveria mesmo fazê-lo. E, agora que já dediquei um livro para meus monstros, nada mais justo que dedicar este inteiramente a elas.
Muitas borboletas já voaram por aqui. Todas foram embora. E me pergunto se, um dia, serei capaz de abrir as portas para elas novamente. Bom, queridos leitores, nunca tive muita sorte no amor, e posso dizer que, após a partida de cada borboleta, eu me torno uma mulher diferente. A cada amor, um eu que acredita menos no mesmo.
Este livro não é para difamar a imagem das borboletas, jamais. Elas podem ser lindas e muito coloridas, e causar sensações mágicas. O problema é que todas que eu abriguei me causaram danos no estômago que nenhum gastroenterologista (ou cardiologista) seria capaz de tratar (muito menos curar).
Esta obra é sobre a situação atual do meu aparelho digestivo e o porquê de ele estar tão doente. E é claro que esta introdução, assim como os capítulos que virão, está cheia de metáforas.
Sejam bem-vindos a mais este delírio.
-Taíssa Bragança
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O Que As Borboletas Fizeram De Mim
PoetryEscrevo este livro para as borboletas do meu estômago (até mesmo aquelas que já partiram, e as que acabaram comigo), porque não posso negar que nunca sou a mesma depois delas. Mas, apesar do bem e do mal que me causaram, eu ainda sou poesia. Com dor...