PREFÁCIO

345 38 19
                                    

Em um  dos meus livros eu mencionei, num poema, que talvez devesse escrever um livro para as borboletas do meu estômago. Um amigo meu me disse que eu deveria mesmo fazê-lo. E, agora que já dediquei um livro para meus monstros, nada mais justo que dedicar este inteiramente a elas. 

Muitas borboletas já voaram por aqui. Todas foram embora. E me pergunto se, um dia, serei capaz de abrir as portas para elas novamente. Bom, queridos leitores, nunca tive muita sorte no amor, e posso dizer que, após a partida de cada borboleta, eu me torno uma mulher diferente. A cada amor, um eu que acredita menos no mesmo.

Este livro não é para difamar a imagem das borboletas, jamais. Elas podem ser lindas e muito coloridas, e causar sensações mágicas. O problema é que todas que eu abriguei me causaram danos no estômago que nenhum gastroenterologista (ou cardiologista) seria capaz de tratar (muito menos curar).

Esta obra é sobre a situação atual do meu aparelho digestivo e o porquê de ele estar tão doente. E é claro que esta introdução, assim como os capítulos que virão, está cheia de metáforas.

Sejam bem-vindos a mais este delírio.

-Taíssa Bragança


O Que As Borboletas Fizeram De MimOnde histórias criam vida. Descubra agora