tudo o que tenho de você são as lembranças,
e te ver de vez em quando pela janela do ônibus
como um estranho
ah,
e sua foto naquele suéter azul.
[ou verde?nossas fotos ainda estão guardadas.
eu não soube te amar
(é difícil doar o que nunca recebi, nunca fui amada)mas você também falhou. e tá tudo bem, já faz meses.
nem sei se leu o texto enorme que te mandei naquela madrugada, que li e reli em lágrimas diversas vezes.éramos crianças feridas buscando o amor um no outro
mas não necessariamente um ao outro.
amamos nossos beijos e textos, mas não nossos monstros.ainda me pergunto se ainda seríamos amigos se você não insistisse naquela noite. se eu não fosse tão confusa e você tão perdido.
não sabíamos lidar com o que estávamos sentindo.ainda admiro seus textos e releio "bragança" e outros versos que me escreveu.
ainda me lembro das fotos da dafne e das despedidas a meia noite e meia. e das noites na praça (e no viaduto) quando o vento era leve e a hora não passava.eu te feri,
mas só conheço o amor que machuca.você também levou um pedacinho de mim.
eu só espero que se cure e seja feliz. eu tô me tratando e continuo falhando, mas sou melhor do que quando te conheci.
aprendemos, e não dói mais. nem um pouquinho.
os vídeos trocados, os abraços apertados, os beijos molhados, os versos inspirados e a dor.
minha obsessão por hibisco e o seu gosto por filmesnossas brigas
as despedidas
e a primeira vez que minha carne tremeu ao ouvir você me chamando de "bragança"nada disso importa mais.
porque tudo o que temos
são lembranças.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Que As Borboletas Fizeram De Mim
PoetryEscrevo este livro para as borboletas do meu estômago (até mesmo aquelas que já partiram, e as que acabaram comigo), porque não posso negar que nunca sou a mesma depois delas. Mas, apesar do bem e do mal que me causaram, eu ainda sou poesia. Com dor...