Capítulo 14

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N/a: Oie, gostaria de pedir para não se esquecerem de votar e deixar seu comentário.

Boa leitura.

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- Vamos. Abra a boquinha!

Nada.

Fazia quinze minutos que a fêmea illyriana estava tentando alimentar a bebê, que obviamente não estava colaborando, já que virava o rosto no sentido contrário da colher com papinha de banana e aveia que Emerie fez.

Com um suspiro de derrota, Emerie abaixa a tigela com a papinha e fica bons minutos tentando pensar no que dar a bebê. Ela só percebeu que sua divagação foi muito prolongada quando o choro estridente foi ouvido.

Merda!

Emerie estava quase desesperada, mas então ela se lembrou de algo. Sua pulseira, aquela feita com suas irmãs.

Pouco depois do Rito de Sangue, Nesta falou para ela e Gwyn que além dos cristais da pulseira brilharem quando uma delas estivesse em perigo, ele também poderia teletransportar sua portadora para a localização das outras duas.

Era isso. Perfeito, uma ótima ideia. Emerie iria se teletransportar para junto das outras duas com a neném. Ela só esperava que desse certo, nunca tinha testado essa teoria.

Então, pegando a neném enrolada em uma manta que tinha guardado, Emerie pensou nas irmãs. Hoje era dia de treino, mas ela enviou uma carta falando que não poderia ir nos próximos dias. Bom, mudanças de planos.

Ela sentiu o chão em seus pés sumindo, o ar ficou mais pesado e então... Estava em queda, ela e a neném. Droga! Emerie tinha se esquecido completamente dos feitiços da Casa do Vento que impedem atravessar para dentro dela.

E agora ela estava ali, despencando em queda livre com uma bebê nos braços. Se ao menos suas asas ainda funcionassem, mas não, e agora elas iriam morrer.

Emerie apertou o pacotinho em seus braços e fechou os olhos, pronta para o impacto, já podia até ver as fêmeas se movimentando no ringue.

Mas ao invés do impacto que as mataria, braços fortes a circundaram. Quando abriu os olhos viu o rosto de Cassian. Ela soltou um suspiro e agradeceu a Mãe silenciosamente.

Eles pousaram no terraço em um baque surdo.

Não demorou muito para escutar as vozes apavoradas de suas irmãs enquanto descia do colo de Cass.

- Emerie, pela Mãe!

Só deu tempo de ver o rastro dos cabelos vermelhos acobreados de Gwyn, quando seu corpo foi rodeado por braços que tremiam, ou era ela?!

- Mas que merda Eme! Ficou maluca?!

O olhar de Nesta percorria seu corpo a procura de ferimentos, os braços cruzados, a feição preocupada e a postura em alerta da fêmea de olhos azuis oceanos era visível para todos; o que era raro, pois Nesta Archeron não demonstrava fraqueza, preocupação ou qualquer outra emoção tão abertamente.

- Eu... estou bem, mas preciso de ajuda.

Gwyn levanta o rosto que estava deitado em seu ombro para encará-la.

- Oque foi Eme?

Preocupação irradiava em sua fala.

- Eu... Ontem...

Quando ela iria começar a explicar, um chorinho deu início outra vez. As fêmeas que treinavam junto a Az à alguns metros, pararam e olharam para ela de olhos arregalados, assim como suas irmãs e os parceiros delas.

Emerie tirou o manto que tinha jogado por cima de um dos ombros, ele caia pela extensão de seu braço direito e cobria a bebê. Todos ofegam.

- Porque diabos está com isso?!

- Isso é um bebê, Nesta.- Gwyn revira os olhos e estende as mãos em direção ao pacotinho.- Posso?

Emerie assente e passa a neném para sua amiga. Aponta com a cabeça para o bebê.

- Foi por isso que vim aqui. Alguém abandonou ela no meio da floresta ontem a tarde. Estava colhendo algumas ervas medicinais quando a vi. - solta um suspiro.- Eu dei banho nela e foi como se tivesse dado sonífero, ela capotou. Mas acordou cedinho com fome.

Nesta, aproximou-se por trás de Gwyn e apoiou o queixo no ombro da ruiva para poder observar a criança melhor. Cass e Az também se aproximaram, eles tinham dispensado as sacerdotisas.

- Só que ela não estava aceitando a papinha que eu fiz. Ela esta morrendo de fome e eu não sei o que fazer. Nem nome a bixinha tem.

Seus amigos levaram alguns minutos para processar tudo, a neném tinha voltado a dormir com a voz de Gwyn a embalando.

- Ok.- Começa Cassian quebrando o silêncio- Você viu quem a abandonou?

Emerie negou.

- Quando cheguei eles já tinham ido embora.

- Desconfia do motivo de terem a abandonado?

Ela assentiu.

- As asinhas.- apontou- São danificadas. Parto difícil e prematuro. Vocês dois já devem ter visto casos parecidos.

Os machos assentem.

Com o cenho franzido, Nesta pergunta.

- Como assim?

Dessa vez é Azriel quem explica para as duas. Elas ficaram horrorizadas ao saberem, falaram que era uma atitude Bárbara. E de fato era, mas praticamente tudo em illyria era assim.

- Vai ficar com ela?

Emerie olha pensativa para Gwyn, depois para a neném.

- Sim.

O sorriso das amigas eram enormes.

- Mas eu preciso descobrir urgentemente como alimentá-la, não estou afim de matar um bebê, ainda mais de fome.

Os quatro deram risinhos.

- Vamos até a Casa do Rio.- sugeriu Cass.- Feyre pode ajudar, ela deve ter alguma ideia do que fazer.

- Sim, sim. - Nesta concordou.- Teve uma fase que Nyx era ruim pra comer. Feyre teve um trabalhão pensando no que poderia ser, se o problema era a papinha ou o seu leite que não estava fazendo bem a ele, no final era só cólica que o estava tirando o apetite e dando dores.

Corte de Passados SombriosOnde histórias criam vida. Descubra agora