Minhas botas se chocam contra as poças de água, a mesma subindo para o alto a cada pisada forte.
A vida não poderia ser tão injusta, aqui em illyria, o país do magistério, nada é um mar de rosas.
A magia foi banida, apenas o magistério pode possuir tal coisa e a manejar para benefício próprio, as pessoas que contém essência de magia, conhecidos como os resistentes, houve o massacre, todos foram mortos, menos eu, estou viva e estou fugindo para continuar assim, viva.
Mas não vai durar muito com a guarda de ferro.
Ouço um apito estridente e olho para trás, a guarda de ferro. Guardas dobradores de metal, trajados em armaduras de tons de cinza e preto.
— Ela está ali!!
Merda.
Eu viro a esquina, subindo uma escada de emergência, para cima do prédio.
— Atenção, todas as unidades, ela está usando um casaco do time tubarões.
Meus dedos correm, puxando o zíper do casaco, eu o retiro em meio a corrida, o lançando no ar.
Eu me preparo, saltando do prédio,minha silhueta não passa de um vulto perdido na noite fria, minhas mãos espalmam o parapeito do prédio seguinte e eu me iço para cima, correndo para saltar novamente.
— Cabelo preso e óculos.
Puxei o elástico, os longos cabelos loiros claros chicoteando o ar ao se soltarem do coque.
Eu retiro os óculos, o atirando para longe.
— Sejam atentos, homens, esse tipo é imprevisível.
Eu conto minha respiração.
— Ali em cima!
Eu saltei, abrindo meus braços, meu corpo deu uma pirueta no ar, meus pés tocando o terraço do prédio quando aterrissei com força. Caindo agachada, uma perna estirada, um braço erguido. Eu ergo a cabeça e disparo, ouvindo a sirene soar.
Como se fossem as trombetas do fim dos mundos.
Eu saltei, mergulhando para baixo, me agarro a uma escada que desce em disparada, eu me solto, caindo de pé no chão.
Ok, falta pouco.
Corro pelos becos da cidade de ferro, me dirigindo cada vez mais para o meu destino, os esgotos.
Salto para baixo, minhas botas se chocando contra a lama e odor insuportável.
Enrugo o nariz, encarando o grande cano desativado.
Umideço os lábios, fechando as mãos em concha e as levando a boca, então, solto um som aveludado, imitando o som de uma coruja, o som sendo engolido pela noite.
Encaro cabeleiras loiras idênticas as minhas, olhos azuis claros, não tão vibrantes quanto os meus que parecem ser acesos pela chama de uma vela.
— Ainda bem que chegou. -reclamou Adam, o caçula.
Aron é o mais velho, Alan o do meio, eu a penúltima e Adam o último.
— A guarda de ferro estava me perseguindo, consegui despistar. -digo.
— Então vamos logo. —diz Aron— ficaremos melhor quando pegarmos um navio para a cidade de bronze.
Eu assenti, quando então, ouço um zumbido, sinto algo picar meu braço e solto um ruído, encaro o dardo preso em meu braço.
— Kalliope! -Alan gritou.
Eu puxei o dardo, cambaleando um passo para frente.
— Pegamos ela!
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Essência De Magia
FantasyEm um país onde a magia é controlada pelo magistério, uma jovem luta pela sua vida e pela sua liberdade e a do seu povo, Kalliope Fray é um recipiente de magia, uma portadora da essência mágica que é proibida no governo de illyria, sendo a última a...