Capítulo 6

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Encaro uma enorme casa, um palacete, rodeado de cerca viva, onde rosas vermelhas enfeitam casa lugar.

Eu desço da carruagem, encarando de forma curiosa aquele cocheiro, ele não é humano, seus olhos prateados dançam em sua cor como piscinas de puro mercúrio.

— Não pense em fugir. —diz Azrael— yago a pegará facilmente.

Eu encaro o cocheiro que fez um aceno sutil e cordial com a cabeça.

— Vamos, entrando. -ele anda, sua bengala batendo contra o chão em um som contínuo.

Percebo, mesmo que ele tente esconder em passos suaves e elegantes, ele manca de sua perna direita, talvez, algum acidente ou até mesmo uma luta.

Seja lá o que for, deve ter vindo do mesmo lugar que aquela cicatriz em seu pescoço.

Sem alternativas eu o sigo, o pequeno portão da frente sendo aberto, passando por aquele pequeno caminho de pedras rústicas até a porta da casa, a mesma se abriu, nenhum empregado do outro lado, nada, percebi, a magia do estranho feérico á minha frente.

Ele mancou para dentro e eu o segui, vendo os belos detalhes da casa ao passar pelo pequeno corredor de entrada, dando de cara com grandes escadas de madeira nobre, um ambiente aconchegante e de toque casual, que ao ver cada detalhe você pensa, casa, ao todo. Quadros enfeitam para lá e para cá algumas paredes, assim como luzes fae light que iluminam tudo ao meu redor.

— Yago mostrará o seu quarto. —ele disse— você comparecerá ao jantar às....

Ele puxa um relógio de seu bolso.

— Sete em ponto. —ele diz— nenhum minuto a mais, odeio atrasos.

— Problema seu. -murmuro.

— Eu ouvi isso. -ele me encara com tédio.

— Se não fosse para ouvir, eu nem teria falado. -digo.

— Eu não sou o seu inimigo, senhorita Fray. -ele diz sério.

— O que me garante? A maioria das pessoas querem me ver morta ou me jogarem dentro de uma cela. -falo.

— Vai ver, que eu não quero o seu mal. -ele diz.

— E quer o bem? -o encaro de cima a baixo.

— Eu quero o bem de todos. -ele diz.

— Você é feérico, não deveria estar do lado de seu rei? -questiono.

— Entenda que nem toda a população feérica é a favor das ações de nosso rei. —ele diz— eu sou um destes.

— Isso chega a ser suspeito. -digo.

— A injustiça, não agrada a todos. -ele declara.

Ele me encara.

— As terras tem ficado fracas, ele está tomando toda a magia, toda. —ele disse— não só a dos recipientes que ele matou ao longo dos anos e tirou a essência.

— Eu senti o ar pesar mais ao longo dos anos. -admito.

— Está ficando sufocante, envenenado, cada vez mais difícil de ser respirado. —ele dá um passo á frente— ele está tirando a magia das terras, e ele não está satisfeito em tirar apenas isso, ele  pode chegar ao núcleo.

Eu o encaro.

— Acha que ele pode conseguir encontrar o miolo de magia desta terra? -o encaro.

— É o que ele está tentando fazer, ele não quer o domínio apenas de illyria, é muito mais complexo do que isso, ele está querendo chegar a dominar o governo dos outros países. -ele diz.

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⏰ Última atualização: Apr 05, 2022 ⏰

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