Encaro uma enorme casa, um palacete, rodeado de cerca viva, onde rosas vermelhas enfeitam casa lugar.
Eu desço da carruagem, encarando de forma curiosa aquele cocheiro, ele não é humano, seus olhos prateados dançam em sua cor como piscinas de puro mercúrio.
— Não pense em fugir. —diz Azrael— yago a pegará facilmente.
Eu encaro o cocheiro que fez um aceno sutil e cordial com a cabeça.
— Vamos, entrando. -ele anda, sua bengala batendo contra o chão em um som contínuo.
Percebo, mesmo que ele tente esconder em passos suaves e elegantes, ele manca de sua perna direita, talvez, algum acidente ou até mesmo uma luta.
Seja lá o que for, deve ter vindo do mesmo lugar que aquela cicatriz em seu pescoço.
Sem alternativas eu o sigo, o pequeno portão da frente sendo aberto, passando por aquele pequeno caminho de pedras rústicas até a porta da casa, a mesma se abriu, nenhum empregado do outro lado, nada, percebi, a magia do estranho feérico á minha frente.
Ele mancou para dentro e eu o segui, vendo os belos detalhes da casa ao passar pelo pequeno corredor de entrada, dando de cara com grandes escadas de madeira nobre, um ambiente aconchegante e de toque casual, que ao ver cada detalhe você pensa, casa, ao todo. Quadros enfeitam para lá e para cá algumas paredes, assim como luzes fae light que iluminam tudo ao meu redor.
— Yago mostrará o seu quarto. —ele disse— você comparecerá ao jantar às....
Ele puxa um relógio de seu bolso.
— Sete em ponto. —ele diz— nenhum minuto a mais, odeio atrasos.
— Problema seu. -murmuro.
— Eu ouvi isso. -ele me encara com tédio.
— Se não fosse para ouvir, eu nem teria falado. -digo.
— Eu não sou o seu inimigo, senhorita Fray. -ele diz sério.
— O que me garante? A maioria das pessoas querem me ver morta ou me jogarem dentro de uma cela. -falo.
— Vai ver, que eu não quero o seu mal. -ele diz.
— E quer o bem? -o encaro de cima a baixo.
— Eu quero o bem de todos. -ele diz.
— Você é feérico, não deveria estar do lado de seu rei? -questiono.
— Entenda que nem toda a população feérica é a favor das ações de nosso rei. —ele diz— eu sou um destes.
— Isso chega a ser suspeito. -digo.
— A injustiça, não agrada a todos. -ele declara.
Ele me encara.
— As terras tem ficado fracas, ele está tomando toda a magia, toda. —ele disse— não só a dos recipientes que ele matou ao longo dos anos e tirou a essência.
— Eu senti o ar pesar mais ao longo dos anos. -admito.
— Está ficando sufocante, envenenado, cada vez mais difícil de ser respirado. —ele dá um passo á frente— ele está tirando a magia das terras, e ele não está satisfeito em tirar apenas isso, ele pode chegar ao núcleo.
Eu o encaro.
— Acha que ele pode conseguir encontrar o miolo de magia desta terra? -o encaro.
— É o que ele está tentando fazer, ele não quer o domínio apenas de illyria, é muito mais complexo do que isso, ele está querendo chegar a dominar o governo dos outros países. -ele diz.
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Essência De Magia
FantasyEm um país onde a magia é controlada pelo magistério, uma jovem luta pela sua vida e pela sua liberdade e a do seu povo, Kalliope Fray é um recipiente de magia, uma portadora da essência mágica que é proibida no governo de illyria, sendo a última a...